Editorial

Editorial – Insegurança máxima

 Ouvindo pessoal da área da Segurança Pública, confirmamos que também esse setor está em crise. A Constituição de 1988, artigo 144, reza que ela é dever do Estado. Governadores administrariam recursos das polícias Civil e Militar, ficando a Federal e a Guarda Nacional por conta da União. Mas, a vida real ocorre nos municípios, que não têm voz e nem voto sobre o tema. Insistimos: prefeitos podem berrar quanto quiserem e espernear à vontade, porém, não apitam porcaria nenhuma, pois deles não são os recursos e o planejamento estratégico. Os estados determinam quanto, quando, onde e o quê será feito não em função das necessidades reais dos municípios, mas, de orçamentos cada vez mais restritos para problemas cada vez mais amplos. Afirmou, uma delegada: “Aí é que está o problema…quando a criança é bonita todo mundo quer ser o pai. Meu discurso é o mesmo há anos: se o município pode fazer, não tem que esperar o estado”. E… as condições? A “criança” é feia demais! Daí jogam o pepino para as Guardas Municipais sem dar-lhes recursos, treinamento, logística e estratégias integradas de ação. A população quer polícias – não importa como se chamem – que funcionem como tais. Municipalizar “a seco” para economizar no resto da federação e deixar aos prefeitos o desgaste pelo fracasso também nesse setor, parece-nos política de Estado cavernosa e demagogia execrável. Certo?

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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