Editorial

Editorial – Representatividade

 Vamos cantar a justa: os principais culpados pelo descalabro político – gerador do desastre econômico e social – do “País das Maravilhas é quem vota em malandros, picaretas, salafrários e até criminosos. Em seguida, e com igual responsabilidade, quem neles não votou, mas, nada faz para contê-los, permanecendo omisso. Nenhum ditado popular representa tão bem a realidade brasileira quanto o famoso “só tem malandro onde tem otário!”. Se um grupo ou movimento toma o poder “manu militari”, na porrada, na bala e na surpresa, como ocorreu em 3 de outubro de 1930 ou em 1º de abril de 1964, temos na frente um inimigo de respeito: quem tem, tem medo e amarelar na boca do canhão não é vexatório. Porém, quando os alertas se perpetuam por anos, quando as denúncias dos planos criminosos são arqui-conhecidas e “os feios” chegam ao poder pelo fanatismo, ignorância e oportunismo transferidos ao processo eleitoral, não há desculpas. No atual estado lamentável de representatividade política botocudo, não há lugar para alegações sobre inocentes “iludidos” ou “revoltados” enrustidos: são, todos, literalmente indecentes. Quem apoia a suruba política é cúmplice e, quem se omite, também: quem cala consente! Contudo, neste país despirocado, nada é novidade. Já dizia o Barão de Itararé, idos de 1.920: “Se há um idiota no poder é porque os que o elegeram estão bem representados”. Certo? 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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