Politica

Editorial – Fogo no galinheiro

 Toda vez que o “establishment” se vê com o fiofó na reta, inventa moda para desviar a atenção do indistinto público. E tasca fogo no galinheiro. A celeuma causada pela decisão judicial de obrigar locais baladeiros a cobrarem preços iguais para mulheres e homens é uma de tais presepadas. 
Mais um tanto, o Estado fascistóide decretará que o preço das calcinhas deverá ser igual ao das cuecas. Em qualquer país medianamente moderno quem determina o preço de serviços e produtos é o mercado, qualquer boteco do tipo mosca-frita sabe disso. Cobrou de mais, se ferra. Cobrou de menos, idem. 
A medida judicial provocou, porém, densos debates entre “machistas” e “feministas” nas redes sociais, depositárias incontestes da imbecilidade humana sempre a serviço de banalidades. Em Gênesis 1:27, afirma-se que Deus “macho e fêmea os criou”. Estaria equivocado o Velho Testamento?  
Na engenharia reversa do conceito filosófico, machista é quem segue machos, feminista é quem segue fêmeas. Indo a um cabaré (chamados “points” nestes tempos dominados pelo portinglês) baladear, o que interessa não é o preço. Menos ainda, quem paga a mais ou a menos. 
Interessa “a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nesta vida”, diria o Poetinha Vinicius. Mulheres e homens bem resolvidos, enfim, não necessitam que o Estado se meta onde não foi chamado, ainda mais em assuntos de pegação. Certo? 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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