Editorial – Em nome da desonra

Ancorado em parte nas teses trotskistas de “revolução mundial” imediata, em parte nas concepções gramcistas da tomada do poder pela ocupação dos aparelhos de Estado “por dentro” para chegar-se à “revolução proletária” de forma sorrateira, o ex-marxista teve em Fidel, Lula, Chaves e Pepe “Marijuana” Mojica seus principais lacaios.
Os desastres políticos, econômicos e sociais causados pelos seguidores de suas ideias anacrônicas e concepções políticas estapafúrdias são imponderáveis. Os países que nelas caíram levarão décadas para recompor-se.
O sujeito que afirmava, soberbo, que “a democracia é uma farsa com a qual teremos de conviver algum tempo, depois mudamos tudo”, ou que aplaudiu com gestos obscenos o laudo que isentava o governo petista de responsabilidades no acidente da TAM, todavia foi homenageado com um instituto com seu nome, no ABC Paulista.
Seus sicários, certamente, pretenderam honrar o guru. Para o ABC, onde perderam massivamente as últimas eleições após a descoberta do mar de corrupção que instalaram no país, é uma afronta, uma desonra.

