Editorial – Com amor ou com dor?
A pífia e indecente “CPI da Fortuna” sobre a JBS que rola na Câmara Federal, assim como as imorais jogadas partidárias na Comissão dita de Constituição e Justiça, as votações no Congresso e os arranjos políticos, sem exceção, não atendem o país. Vindas de uma casta política execrada, atendem seus interesses. Nada mais.
Com a dívida pública chegando aos R$ 3,404 trilhões e subindo, o Estado inchado tem acima de 635 mil funcionários e crescendo, além de dezenas de milhares de “aspones” partidários espetados no cabide de emprego originário do “Balcão de Negócios” no qual a República se converteu. Não há economia que aguente.
Se o legado da era bolivariana que afundou o país é dramático, o dos seus ex-sócios não deixa por menos. Na competição para espoliar mais e melhor as forças produtivas se equivalem: os primeiros sob pretexto de utopias estrafalárias e os segundos em nome da salvação da Pátria são, no popular, farinha do mesmo saco.
Como em Cingapura, botar ordem no galinheiro indica que o momento é perigoso. Cresce a impressão de que o que não for feito com amor, poderá ser com dor…