Editorial – Thatcher: símbolo de uma era
O que mais chateou os donos do sistema não foram seus atos de dirigente de caráter forte e inteligência aguda. Incomodou o fato de ser mulher. Os desditosos soviéticos chamaram-na de “Dama de Ferro” por ela não assustar-se com suas bazófias. Foram seguidos pelos ditadores argentinos, ao acharem que uma mulher não partiria para a briga, no caso da Guerra das Malvinas. Partiu: foi, viu e venceu! A ditadura caiu logo após, esfacelada.
Recatada, sóbria e culta, tendo na família o principal valor social, ela marcou a era na qual as mulheres decidiram-se a não mais serem secundárias, assumindo papéis proeminentes na sociedade e mostrando, em todos os campos de atividade, competência na obtenção de resultados, privilégio antes masculino e não mais negociável.
Margareth Thatcher, sem alardes, saiu da vida dia 8 de abril, aos 87 anos, entrando para a História como mulher de destaque, estadista e símbolo de uma era. Goste-se dela ou não!