O velejador Beto Pandiani segue em maio para o Alasca para a travessia pela lendária Passagem Noroeste. Em sua 8º expedição em catamarã sem cabine, o objetivo é discutir as mudanças climáticas e seus impactos socioambientais.
Lançamento simbólico do Projeto aconteceu em São Paulo, no dia 9 de março, com velejada histórica no Rio Pinheiros.
O velejador Beto Pandiani deu início ao Projeto Rota Polar no dia 9 de março em São Paulo, com uma velejada histórica pelo Rio Pinheiros, que perdeu a qualidade com a urbanização na década de 1970 e vem sendo revitalizado. O objetivo do Projeto Rota Polar é discutir as mudanças climáticas e seus impactos socioambientais.
Após 7 expedições, com 80 mil quilômetros em travessias oceânicas percorridos, Pandiani segue para o Alasca em maio, em companhia do francês Igor Bely, que esteve presente em outras duas travessias: Oceano Pacífico e Atlântico. A saída será da cidade de Nome. O objetivo é contornar o Estreito de Bering, navegar pelo mar do Ártico, cruzar a lendária Passagem Noroeste e por fim alcançar a Groenlândia.
Fechada pelo gelo nos últimos séculos, a lendária Passagem Noroeste vem se tornando cada vez mais navegável com o aquecimento global que atinge a calota polar. O resultado é a intensificação do tráfego marítimo e o movimento do tabuleiro das potências que tem seu litoral banhado pelo Oceano Ártico, acelerando as disputas geopolíticas. Quais serão as consequências? Será um fenômeno cíclico ou tem relação com a emissão de combustíveis fósseis? Como, e se podemos mitigar este fenômeno?
Para responder a estas e tantas outras questões o Projeto Rota Polar vai muito além da travessia, que será o ponto de partida para uma série de atividades voltadas à educação e o meio ambiente. Entre elas a produção de um documentário, elaboração de artigos e publicação de um livro que retratarão o impacto ambiental, social, econômico e cultural do rápido desgelo do Ártico. Além das imagens captadas durante toda a travessia, que deve durar até setembro de 2022, o material produzido trará entrevistas com cientistas ligados a pesquisas no Hemisfério Norte como biólogos, meteorologistas, glaciologistas e historiadores. A produção do material é assinada pela Tocha Filmes e integram a equipe de filmagem os fotógrafos e documentaristas Alexandre Socci e Alberto Andrich.
Sobre a Travessia
Pioneirismo, tecnologia, sustentabilidade, educação, pesquisa, inovação e Gestão de Riscos envolvem o Projeto Rota Polar. “Nosso combustível é a força humana, o vento e a energia solar. As soluções tecnológicas atuais proporcionam uma viagem com baixo impacto ambiental”, fala Beto Pandiani, que sempre optou por viajar em pequenos barcos catamarãs sem cabine e sem motor. E desta vez não será diferente.