Fossem, acaso, comparáveis as atitudes de ministros como o Beiçola com a expulsão dos mercadores do Templo, e o sujeito só poderia arcar com a pecha do Anticristo, vulgarmente tido como o Tinhoso, o Cramulhão, o Capiroto e outras alcunhas significantes. O imaginário popular é assaz fértil. Indigitado que tais fazem, do Tribunal, seu próprio bordel convertendo seus manifestos em orgias retóricas que, por força de lei vertida em atos, retroalimentam o que Romero Jucá declinou como suruba ampla, geral e irrestrita tempos atrás; libera facínoras inveterados e ataca juízes, promotores e policiais inatacáveis. Quê move suas lambanças perniciosas, é sabido: poder, dinheiro e vaidade. Quem move os cordéis do francatripa, todavia, é incógnita apenas suposta, mas, insondável. O sistema é amoral, necessitando porém de imorais que o representem. Protege e preserva – enquanto conveniente – seus esquemas e sacerdotes, seus “cabeças de área” mais agressivos. Do contrário os descarta sem abandoná-los completamente, vide por exemplo Cabral Filho, Lula, Zé Dirceu e Palocci, dentre uma plêiade de sacripantas de grande porte. Num tal cenário, por metáfora, reportemo-nos de novo à expulsão dos mercadores do Templo (Mateus XX, 12 e 13) e consequência posterior: o povo condenou Jesus e salvou o criminoso Bar Abbas, instigado por sacerdotes afins com o Beiçudo. A Lavajato que se cuide…
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.