Editorial – Carências…

Sobre o William, lembramo-nos de frase dum leitor branquelo de olhos azuis, nos anos 60, na revista “Realidade”: “Não sou racista, mas, às vezes não suporto a presença de um branco”. Fosse e dissesse preto, seria ele hoje execrado, perseguido e escrachado pelas tais patrulhas ideológicas do “politicamente correto”?
O sistema é capaz de tudo. E não quer gestores ou legisladores probos, ficha-limpa e competentes: quer fantoches dóceis para manejar-lhes os cordéis ao seu bel prazer. Quer celebridades fúteis da indústria do espetáculo, personagens polêmicas e barulhentas, shows e foguetórios inúteis.
O performático Trump, nos USA, é um dos tais, servindo de modelo para a caboclada local. Já dissemos que se os ianques botarem um espanador no rabo, brasileiro bota dois. O caso é que o Brasil não precisa de marionetes espetaculosas: carece de líderes autênticos, determinados e lídimos.
Não necessita de jornalistas sensacionalistas “prêt-à-porter”, na verdade eunucos a serviço do bando da vez no poder. Requer, em ambos os casos, indiscutível lisura e competência. O resto são firulas…

