Politica

Editorial – Poderio militar

 1968, auge do regime militar: os autonominados protetores da Pátria e da herança do gado assinaram, heroicos, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, válido desde 1970 para 189 países. Mas Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China – membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – mantêm até hoje seus arsenais atômicos ativos e atualizados. 
É bomba pra cacete! Segundo consta, daria para destruir o planeta umas centenas de vezes. Uma só seria suficiente para exterminar a vida terráquea. Nosso leitor e amigo Dirceu F. Barros questiona: “Como os países que já possuem artefatos nucleares continuam a aprimorá-los, me parece injusto e uma temeridade pra o futuro de um pais como o Brasil.” 
Quanto à temeridade, sem a menor dúvida. É, guardadas as proporções, tal e qual a famigerada “Lei do Desarmamento”: a criminalidade armada até o rabo e a cidadania inerme à sua mercê. Quanto à injustiça, cabe o velho refrão popular: só tem malandro onde tem otário. A mentalidade colonial atávica dos militares cedeu às imposições dos donos do mundo. Permanecemos uma potência latente e impotente. 
Hoje, o poderio militar de defesa/retaliação do país e cocô de cachorro se equivalem. Nada produzimos em termos eficientes de armamentos, nossa tecnologia militar é importada, dependente e ultrapassada, e só temos tropas mal armadas para bucha de canhão. É ruim, hein? 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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