Editorial – Mais do mesmo?
Se o governo Temer está sendo até que eficiente no controle e reparo do desastre econômico deixado por seus ex-sócios majoritários, oportunamente alijados do poder, o custo é alto, todavia. Para implantar medidas elementares de gestão, tanto o balcão de negócios quanto concessões vergonhosas foram potencializados.
A culminância foi o Indulto de Natal: mesmo atendendo o prescrito no artigo 84, inciso XII da Constituição Federal, visou o coração da Lava Jato. É, por isso, chamado de “Insulto de Natal” por muitos, especialmente os preocupados com o futuro do país e não com partidos espúrios e outras mazelas políticas que nos afligem.
Para sobreviver politicamente, Temer teve de seguir surfando no tsunami de corrupção que avassala o Estado nos últimos quinze anos e ser generoso com seus expoentes, inclusive em causa própria. Mas, está sendo eficiente no comando do projeto de estancar a sangria que a Lava Jato causou na casta política.
É certo que poucos políticos corruptos serão reeleitos. O porém, para 2018, é a quase inexistência de candidatos probos e competentes. Teremos mais do mesmo?