Parque Tecnológico de Santo André seleciona 15 instituições para participar do Desafio de Inovação da Mercedes-Benz
Universidades e startups vão apresentar soluções sobre eletrificação e novas competências em baterias de alta potência
Quinze instituições, sendo 11 universidades e quatro startups, foram selecionadas para responder as cinco questões do Desafio da Mercedes-Benz (Mercedes-Benz Challenge) apresentadas ao Hub de Inovação do Parque Tecnológico de Santo André. Ainda mais o grupo, com foco comum em pesquisa para a inovação, se uniu por intermédio da Prefeitura de Santo André para encontrar respostas para questões sobre eletrificação e desenvolvimento de novas competências em baterias de alta potência apresentadas pela empresa.
“O papel do Hub é justamente fomentar a competitividade das empresas através da inovação aberta e ainda mais ao mesmo tempo fomentar o empreendedorismo e o desenvolvimento tecnológico da região”, disse o secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego, Evandro Banzato.
Além disso as empresas que manifestam intenção de apresentar um Desafio para obter mais conhecimento e novas competências em determinada área de interesse definem, em parceria com a Prefeitura, cinco questões que precisam se solucionadas. Depois, as dúvidas são lançadas para o universo de instituições de pesquisa e startups da região e também do país.
O Mercedes-Benz Challenge conta com desafios que possuem frentes ligadas ao entendimento das reações químicas de novas famílias de baterias de alto desempenho, passando pelo desenvolvimento de aplicações em veículos e até mesmo a análise do impacto ambiental e o ciclo de vida desses produtos. O Mercedes-Benz Challenge é o 2º Desafio de Inovação apresentado por uma empresa da região desde a criação do Hub de Inovação do Parque Tecnológico, em outubro de 2020.
É uma opção interessante para a empresa, segundo o diretor técnico do Hub, Ricardo Magnani; já que devido à evolução acelerada da tecnologia e à multidisciplinaridade envolvida no desenvolvimento de novos produtos de ponta; as companhias geralmente não possuem todas as competências que precisam para inovar. Acima de tudo “É necessário que elas complementem as informações que já possuem, para criar novos produtos e processos que atendam as demandas dos clientes. O Desafio de Inovação equaciona esta questão, sem custos para as empresas”, destacou.
Enquanto a empresa agrega novas competências e passa a ser mais competitiva não só no mercado nacional; mas principalmente no internacional, ao adquirir mais capacidade para atender demanda dos consumidores ávidos por inovação; as universidades e startups que se dedicam à pesquisa também ganham.
“O papel da universidade é formar recursos humanos. Quando a universidade se aproxima do setor produtivo, ela tem a oportunidade de formar melhores profissionais. Sendo assim o desafio do dia a dia da empresa traz uma complexidade que ajuda na formação deste recurso humano; que somente o contato com o mundo acadêmico não supre. Além disso, a universidade passa a saber se está formando o profissional que o mercado precisa”, acrescentou o diretor técnico do Hub de Inovação, Ricardo Magnani.
Além disso, as instituições de ensino podem ter acesso a programas de financiamento para pesquisa e para isso também contam com apoio da Prefeitura. Sendo assim para o setor automotivo, que é o caso da Mercedes, existe o programa Rota 2030; segundo o qual as alíquotas de 2% pagas pelas empresas para a importação de produto sem similar nacional, que antes iam para o Tesouro; ainda mais agora sao diretamente encaminhadas para esse programa de pesquisa prioritária do setor automotivo.
Enfim segundo Evandro Banzato; existe hoje uma boa oferta de recursos para ajudar o segmento de pesquisa no setor automotivo a desenvolver novas tecnologias mais sustentáveis. “É preciso que empresas e universidades estejam juntas e o Hub de Inovação atua nessa função também. Ainda mais acreditamos que as conexões são a chave para o desenvolvimento. Afinal a proximidade e um trabalho sério com os principais atores do ABC contribui muito para o nosso ecossistema regional”, reforçou.