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Cultura de São Caetano disponibiliza obra inacabada “A mão de Josiane”, em homenagem ao autor, vítima da Covid 19

O projeto de Elber Dias Almeida, um roteiro para o meio audiovisual em formato de livro, pode ser acessado na íntegra pelo link disponível na BIO do Instagram da Secult (@secultscs)

Aproximar-se do Poder Público, seja por meio dos cursos oferecidos pelos entes da municipalidade, ou participando de editais de fomento e auxílio financeiro ao setor que é dos mais afetados pela pandemia, tem engajado muitos artistas de São Caetano do Sul no mesmo propósito; sendo assim o de se reinventar para continuar produzindo cultura e se aperfeiçoar profissionalmente. Além disso e o caso de Elber Dias Almeida, o Binho – nome artístico e como era conhecido – que perdeu a batalha para a Covid-19 no dia 28 de março de 2021, aos 41 anos.

Sendo assim o artista receberá uma homenagem da Secult neste domingo, 25/7, às 15h, durante o evento “Cultura ao Ar Livre”, no Espaço Verde Chico Mendes (Av. Fernando Simonsen, 566, Bairro Cerâmica):

“Ficamos muito abalados com a notícia do falecimento do Elber. Acima de tudo ele constantemente nos ligava ou enviava e-mails ‘pedindo mais trabalho’, cheio de ideias para desenvolver em editais, sempre otimista e empenhado na realização de novos projetos. A Secretaria de Cultura está feliz em prestar uma pequena homenagem ao artista que teve sua história interrompida por essa doença terrível, e que será lembrado com carinho e afeto pela trajetória que iniciou nas artes”, declara a secretária de Cultura, Liana Crocco.

“Elber estava em um momento muito feliz de sua vida;  realizando trabalhos em sua área junto à Secult e estudando, uma das coisas que mais gostava de fazer. De acordo com como todo amante das artes, era sensível e sonhador. Escreveu um livro e sonhava em publicá-lo”, conta Elisângela Dias Almeida, irmã de Elber.

“A mão de Josiane”

O radialista e roteirista, que vivia com a família no bairro Nova Gerty, teve o projeto “A mão de Josiane”, um roteiro para o meio audiovisual em formato de livro, aprovado no edital da Secult de premiação a atividades artísticas e culturais com recursos da Lei federal de auxílio ao setor n. 14.07/2020 (Aldir Blanc).

O texto original, inacabado, foi preservado, na íntegra, em memória do autor. A obra está disponível, em formato PDF, por meio do link na BIO do Instagram da Secult (@secultscs). O trabalho de revisão restringiu-se à correção gramatical e ortográfica, mantendo a estrutura poética. O conteúdo está dividido em duas partes: a primeira, com a narrativa em si. Na segunda, o escritor apresenta um conjunto de ideias que compõe o roteiro de ações, não concluído.

Sonhos e ideais

Nascido em 9 de maio de 1979, o caçula de cinco irmãos, nas palavras de Elisângela Almeida, era “ótimo filho e um irmão muito querido e amado por familiares e amigos. Um jovem alegre, amável, prestativo, ouvinte e sempre disposto a ajudar o próximo. Companheiro de seus pais (com quem morava), principalmente de sua mãe, parceira e amiga inseparável. Meu irmão deixará muitas saudades. Ele tinha muitos sonhos e, em cada um, a esperança de dias melhores.

Elber amava as artes, ouvir música, escrever. Estava cursando Dramaturgia no programa de Formação Inicial e Continuada (FIC); vinculado ao Pronatec; Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, ainda mais pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul.

Segundo Sérgio de Azevedo, coordenador do programa FIC na Fundação das Artes, “presente e muito comprometido, o Elber transbordava de sua pequena janela virtual envolvimento com o desejo de escrever um novo mundo. Deixa uma lacuna e um vazio, especialmente para a família e amigos.

Os encontros que tivemos com o Elber, durante o curso, revelam o demasiado humano que insistimos em perceber através da tela. Ficávamos seis horas semanais falando sobre dramaturgia, mas também sobre o mundo e sobre nós mesmos. Elber foi um dramaturgo sempre presente nas aulas, carregando consigo a timidez e a vontade de contar histórias. Ainda mais esteve conosco na construção de um espaço de troca e afetividade tão fundamental em tempos de distanciamento. Hoje, temos uma janela a menos nos nossos encontros, mas a memória – sempre tão política – nos faz ter certeza de que ele ainda está lá”, relatam, em conjunto, os professores do curso de Dramaturgia, Diego Cardoso, Diogo Noventa e Lígia Souza Oliveira.

Trajetória

Afinal Elber aprendeu a ler e a escrever aos quatro anos de idade. Sempre dedicado aos estudos, concluiu o Ensino Médio nível Técnico em Edificações pela Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETESP); mas preferiu não seguir a carreira; ainda mais optando pela graduação em Rádio e TV pela Universidade São Judas Tadeu e Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM); e pelo curso de Produção Audiovisual na FAPCOM, área pela qual nutria verdadeira paixão.

Por fim pela Prefeitura de São Caetano do Sul, também realizou cursos de Cinema e Vídeo – Especialização em Roteiro, em 2008, e Design Online, em 2019.

De acordo com entre agosto e outubro de 2020, o radialista produziu as videoaulas “Roteiro cinematográfico” e “Cinema fácil”, disponíveis no Mapa Cultural: mapacultural.saocaetanodosul.sp.gov.br/projeto/3442 e no Youtube (Elber Dias Almeida) pelo programa “Todos pela Cultura”, da Secult.

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