Futuro político de Lula segue incerto a poucos dias de novo julgamento

 Quem o apoia, se preocupa. Quem é contra, comemora e torce pela permanência da sua condenação. Certo é que a duas semanas do julgamento em segunda instância no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), ainda é indefinido o quadro político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial de 2018. Condenado a nove anos e meio de prisão pelo juiz Sérgio Moro, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula pode ter a decisão pela sua condenação mantida e dar adeus ao pleito, ou derrubar a punição e seguir forte na disputa. 
No próximo dia 24, os três desembargadores da 8ª turma do TRF4 vão analisar a condenação dada por Moro ao caso do tríplex do Guarujá. O ex-presidente foi acusado pelo Ministério Público de receber de presente o imóvel de três andares à beira mar por beneficiar a empreiteira OAS em contratos irregulares com a Petrobras. Ele nega as acusações e decidiu recorrer pedindo o cancelamento da sentença dada em primeira instância. Já o Ministério Público entrou com recurso pedindo o aumento da pena.
Especialista em Direito Eleitoral, o advogado João Fernando Lopes explica que Lula ainda terá chances de manter sua candidatura, mesmo condenado em 2ª instância, já que os recursos apresentados não deverão ser julgados ainda este ano. “Essa designação para janeiro é um ganho para a defesa do ex-presidente, já que vai permitir a seus advogados que formulem os recursos que são cabíveis, com isso Lula até poderá ser candidato”.