No Dia do Meio Ambiente, Parque Natural Municipal de Nascentes de Paranapiacaba completa 18 anos
Em área de Mata Atlântica, Unidade de Conservação é importante espaço para realização de pesquisas, atividades de educação e turismo ecológico
Neste sábado (5), quando se comemora em todo o mundo o Dia do Meio Ambiente, o Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba (PNMNP) completa 18 anos. Além disso de proteger um importante remanescente da Mata Atlântica ainda preservado da Região Metropolitana de São Paulo, a área é bastante procurada para a realização de pesquisas científicas, bem como de atividades de educação e turismo ecológico, sendo provedora de serviços ecossistêmicos.
De acordo com criado em 2003 pelo decreto n° 14.937, o parque conta com uma área de mais de quatro milhões de metros quadrados. Ainda mais entre as ações para preservar seus recursos naturais, tem-se estimulado a realização de pesquisas científicas.
Sendo assim nestes 18 anos de história, o parque foi objeto de estudo de mais de 30 trabalhos científicos realizados por pesquisadores de instituições como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do ABC (UFABC), entre outras. Dentre estes trabalhos está o próprio Plano de Manejo da Unidade de Conservação da unidade, que desde 2020 conta com um Conselho Consultivo.
“O Parque Nascentes tem importância regional, por suas águas que chegam à Represa Billings, pela biodiversidade e por toda beleza cênica”, ressalta o secretário de Meio Ambiente, Fabio Picarelli.
Preservação –
O Parque Nascentes e áreas de seu entorno também abrigam várias espécies ameaçadas de extinção. Dentre elas, uma se destaca em especial: a borboleta-palha (Actinote zikani). Registrada pela primeira vez no ano de 1941, na Estação Biológica de Boracéia, não avistada até sua redescoberta em 1991, na Vila de Paranapiacaba. E durante aproximadamente dez anos essa borboleta não mais encontrada, até que fosse vista novamente no Parque Nascentes.
Essa raridade fez com que a borboleta-palha entrasse na lista das espécies criticamente ameaçadas de extinção; sendo o Parque Nascentes o único local onde ela pode se encontrada, tornando-se fundamental para a sua conservação.
Além do incentivo as pesquisas científicas, o Parque Nascentes teve grande papel no fomento a geração de renda; priorizando moradores da microrregião na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável local, mapeamento dos atrativos e capacitação.
Atualmente, por exemplo, existem 40 monitores ambientais credenciados no Parque Nascentes; dos quais 80% (32 monitores) declaram como principal fonte de renda as atividades econômicas advindas do turismo no parque e na Vila de Paranapiacaba. Ainda mais com seis trilhas abertas para o turismo ecológico e educacional; o parque recebeu até hoje mais de 300 mil visitantes de diversas regiões do estado, do país e também do exterior.