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“Em média, 3% eram de propinas por obra”, diz ex-diretor da construtora à CPI de São Bernardo

Na condição de testemunha, Ramilton Lima Machado Júnior prestou oitiva à comissão nesta quarta-feira (26/05) e enfatizou que serviços eram paralisados quando havia falta de pagamento; volume em São Bernardo, na gestão de Luiz Marinho (PT) foi de quase R$ 1 bilhão e propinas podem ter sido de aproximadamente R$ 30 milhões

 

Diretor da construtora OAS entre março de 2013 a novembro de 2014, Ramilton Lima Machado Júnior declarou nesta quarta-feira (26/05) à CPI da OAS de São Bernardo que a em média 3% eram de propinas por obra realizada no Brasil e exterior até a deflagração da Operação Lava Jato. Em oitiva, realizada de forma virtual, Ramilton detalhou que este era uma “praxe” da OAS ao ser indagado sobre o pagamento de propinas para agentes públicos de São Bernardo durante a gestão do então prefeito Luiz Marinho (PT), que administrou o município entre 2009 e 2016. Ainda mais desta forma, o montante de propinas pago a gestão petista podem ter sido em torno de R$ 30 milhões.

Acima de tudo a CPI da OAS  instaurada com o objetivo da investigação e apurar denúncias envolvendo a empreiteira durante o governo do petista no município. O ex-superintendente administrativo da empreiteira OAS, José Ricardo Nogueira Breghirolli; declarou aos vereadores no início deste mês que os desvios de recursos públicos em São Bernardo foram em torno de R$ 20 milhões, entre 2010 e 2012. Além disso ao longo do governo de Luiz Marinho, a OAS assinou outros nove contratos com a prefeitura local para obras de mobilidade e habitação. A soma de todos os contratos, que tiveram repasses federais por meio do PAC, chega a R$ 966 milhões.

De acordo com Ramilton, sua função era “transformar caixa 1 em caixa 2” e que a prática da OAS era manter ativo o funcionamento entre a empresas e órgãos públicos. “As obras rondavam em torno de 3% de cobrança de propina por obra. Então, muito provavelmente, deve ter sido o que ocorreu de propina em São Bernardo”, declarou Ramilton.

FUNCIONAMENTO –

O ex-funcionário da construtora também destacou que as obras  paralisadas, quando não ocorriam pagamentos de propinas. “Eu fazia reuniões mensais internas. A falta de dinheiro (propina) fazia com que a obra pudesse atrasar o recebimento. Carlos Henrique Lemos e Marcel sabiam para quem pagava. As obras  paralisadas”, complementou.

ANDAMENTO DA CPI –

Diante das citações a outros ex-funcionários da OAS, que já prestaram oitivas a CPI de S Bernardo, como o ex-diretor Carlos Henrique Lemos ; o ex-superintendente José Ricardo Beghirolli, Mateus Coutinho, além disso do ex-presidente Léo Pinheiro, os vereadores de S Bernardo aprovaram um requerimento para acareação entre todos os envolvidos para esta sexta-feira (28/05), as 17h.

Afinal o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro afirmou; durante sua oitiva, realizada em 17/05, ter conhecimento de pagamentos indevidos e que o valor pago em propinas para agentes públicos; durante a gestão do ex-prefeito Luiz Marinho

A CPI da OAS e presidida pelo vereador Mauricio Cardoso (PSDB), formada pelos vereadores Julinho Fuzari (DEM), como relator, e Danilo Lima (PSDB), vice-presidente.

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