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Com aumento de casos na pandemia, São Caetano lança campanha de combate à violência contra a mulher

violência doméstica, familiar, física, psicológica, sexual e qualquer outro ato que afete a dignidade e o bem-estar das mulheres são algumas das principais formas de violação dos direitos humanos.

De acordo com, a violência doméstica, familiar, física, psicológica, sexual e qualquer outro ato que afete a dignidade e o bem-estar das mulheres são algumas das principais formas de violação dos direitos humanos. Os números alarmantes, que cresceram em 2020 com a pandemia, retratam a desigualdade de gêneros, machismo e banalização da imagem feminina supervalorizando a aparência em detrimento de outros aspectos que as definem como indivíduos.

Além disso, para combater, prevenir e erradicar os atos de violência, São Caetano do Sul criou a DDM (Delegacia em Defesa da Mulher) e o Ambulatório de Saúde Mental para Mulheres em Vulnerabilidade, que oferece assistência especializada em saúde mental direcionada a uma demanda de atendimentos voltados às mulheres em situação de sofrimento psíquico por violência física, sexual e/ou psicológica.

Essa preocupação será retratada ao longo das próximas semanas na campanha lançada pela Prefeitura: São Caetano diz não à violência contra a mulher. As peças destacam combate ao estupro, violência sexual,  abuso sexual infantil, prostituição infantil,  feminicídio e qualquer crime relacionado à agressão à mulher, incluindo pressões psicológicas, humilhação e desvalorização moral.
  • Com pouco mais de um mês de atuação, o Ambulatório de Saúde Mental para Mulheres em Vulnerabilidade atendeu no mês de janeiro 23 mulheres,
  • a maioria sendo vítimas de maus tratos e agressões físicas.

As mulheres sao atendidas por uma equipe de saúde mental, composta por médico especialista em psiquiatria, psicólogo e assistente social. As pacientes chegam ao serviço por busca espontânea (Caism e/ou pelo e-mail juntassomosmaisfortes@saocaetanodosul.sp.gov.br), por encaminhamentos feitos pela Diretoria de Atenção Básica (NASF), hospitais, Cras (Centro de Referência de Assistência Social), Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e Caps (Centro de Atenção Psicossocial).

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a taxa de feminicídio no Brasil é a quinta maior do mundo, com uma média de 4,8 assassinatos para cada 100 mil mulheres. De acordo com, dados do Atlas da Violência de 2019 revelam que a morte violenta intencional de mulheres no ambiente doméstico cresceu 17% em cinco anos. “Os casos de feminicídio no Brasil cresceram 1,9% no primeiro semestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior”, destaca Verônica Paiva, presidente do Conselho de Proteção e Defesa da Mulher de São Caetano.

  • O aumento significativo também foi observado pelo Creas que,
  • por meio de uma equipe multiprofissional,
  • exerce importante papel na rede de atendimento às mulheres vítimas de violência.
  • Em 2019, cinco casos  atendidos no espaço.
  • Em 2020, o número saltou para 20 e, somente no primeiro mês deste ano, foram seis casos.
A taxa de feminicídio no Brasil é a quinta maior do mundo, isto é muito preocupante. Em todo mundo, o combate a violência da mulher se constitui em preocupação fundamental dos movimentos sociais, começando pelo movimento de mulheres. Nosso trabalho é conscientizar as mulheres a não se calarem diante a violência doméstica.
  • E preciso denunciar, ainda há uma infinidade de casos de violência não denunciados que aumentaram em razão do isolamento das vítimas
  • e maior controle por parte dos parceiros, explicou Verônica.
DELEGACIA DE DEFESA DA MULHER

Enfim, levantamento feito pelo Ministério Público de São Paulo durante o período de distanciamento social mostrou aumento de 29% no número de medidas protetivas,

  • 51% de prisões em flagrante e 44% de ligações de denúncias de violência contra a mulher para o 190 em São Paulo.
  • Em São Caetano, a realidade não foi muito diferente,
  • números apontam que desde agosto de 2020,
  • quando a DDM  inaugurada, foram registrados 318 BOs (Boletins de Ocorrência), 437 inquéritos policiais e 435 medidas protetivas de urgência requeridas.
  • Os números sao bem superiores aos registrados pela Delegacia Sede de Sao Caetano do Sul,
  • no mesmo período de 2019, quando 147 BOs de ameaça, injúria, vias de fato, lesão corporal dolosa, entre outros.
Mesmo que a delegacia funcione presencialmente até as 18h implantada a delegacia eletrônica, na qual podemos se acionados mesmo de noite ou de madrugada. Enfim, quando e feito um BO eletrônico sobre violência doméstica, nós e os plantonistas tomamos as decisões necessárias mesmo do horário. Logo na sala de plantão, quando a vítima chega avaliamos seu estado e, após isso, fazemos todo o acolhimento para contar sua situação. Afinal, o objetivo é que seja um ambiente acolhedor para essa mulher, o que em uma delegacia normal, onde tem todo tipo de atendimento, isso não acontece. Por exemplo, a mulher está na sala de plantão relatando a denúncia e, ao lado, alguém comentando sobre furto ou roubo de veículos. Então, será bem diferente. Por fim, para as crianças e adolescentes, a sede possui a sala de escuta também para os depoimentos”, finalizou a delegada Daniela Attab Del Nero.

A DDM fica na Rua Silvia, 160, no Bairro Santa Maria, e atende das 9h às 18h.

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