As relações entre os EUA e o Irã desde a revolução de 1979 nunca foram boas, mas
nos últimos anos têm chegado a níveis de hostilidade consideráveis, principalmente após o
incidente da eliminação do principal general iraniano, Qasem Suleimani, no início de 2020
por parte dos norte-americanos.
Desde então os iranianos têm executado diversas ações que, além de desestabilizar
ainda mais a região, têm expandido as rusgas até para países não relacionados à disputa,
como por exemplo a captura de um navio sul-coreano que passava pelo Estreito de Hormuz
a alguns dias atrás.
A contrapartida foi a intensificação da presença militar na região pela marinha
americana, pela Royal Navy, e de alguns países que têm navios comerciais na região.
Desde junho do último ano, os EUA possuem um Strike group atuando na região, e sua
missão foi prorrogada por tempo indeterminado.
No último dia 15, o Irã realizou um grande exercício militar onde empregou suas
mais avançadas tecnologias como drones e mísseis, tendo dois mísseis balísticos anti-navio
atingido um alvo a 160 km do porta-aviões USS Nimitz após percorrer mais de 1800 km, em
uma clara demonstração de força.
O avanço diplomático israelense aos países árabes tem cerceado os avanços
iranianos na região também, de modo que o país persa encontra-se gradualmente mais
acuado e pressionado, incentivando-o a investir mais ainda em equipamentos e no apoio a
grupos alinhados, e portanto aumentando as tensões.