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Estudo da FMABC identifica lesões em retina de pacientes graves com Covid-19

Pesquisa com pacientes internados em UTI foi publicada na British Journal of Ophthalmology

Pesquisa liderada pela disciplina de Oftalmologia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Além disso em Santo André, acaba de ser publicada pela revista científica  British Journal of Ophthalmology, referência mundial na área de saúde ocular. No entanto estudos, ainda preliminares, indicam a associação entre a infecção pelo novo coronavírus e lesões de retina em pacientes.

 Portanto Com a chegada da pandemia, médicos residentes da FMABC decidiram estudar o acometimento oftalmológico em pacientes com Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19. Foram feitos vários estudos dentro da temática, inclusive com pesquisa de vírus na lágrima e de secreção conjuntival.  O ponto central do estudo, é que as alterações retinianas descobertas sugerem complicações semelhantes em outros órgãos do corpo humano. Portanto facilita a compreensão da doença e favorece a escolha de um tratamento mais assertivo e eficaz aos pacientes.

 Em conclusão a partir da dilatação ocular foram descobertas anormalidades em dez dos pacientes avaliados. Os principais achados foram lesões vasculares agudas, inclusive com hemorragias e lesões de padrão isquêmico, visíveis por manchas e palidez da retina. Entretanto ss exames foram feitos por câmera digital de fundo de olho e os pacientes avaliados por dois especialistas em retina. O ineditismo envolve a análise feita em pacientes ainda durante o período de internação em UTI.

 “O que observamos na retina pode ser considerado um reflexo do que está acontecendo no resto do corpo do paciente. É aí que está a importância do exame e como os nossos resultados podem ajudar a melhorar a compreensão sobre a doença. As alterações microvasculares observadas na retina muito provavelmente estão acontecendo também nos pulmões, cérebro, rins, e demais órgãos, desempenhando um papel importante na gravidade da doença. Ao entendermos melhor os efeitos da Covid-19 no organismo, conseguimos auxiliar o tratamento e o cuidado aos pacientes de maneira mais eficaz”.

Em conclusão explica o chefe do Setor de Retina da FMABC, Dr. Julio Zaki Abucham Neto, um dos orientadores do estudo.

Os resultados também sugerem que, além de danos pela atividade direta do Sars-CoV-2, o estado pró-trombótico relatado em pacientes críticos pode levar a lesões retinianas, uma vez que cerca de 31% dos pacientes com quadro grave de Covid-19 apresentam complicações dessa natureza. Entretanto a trombose é causada por coágulos sanguíneos parciais ou totais em alguma veia ou artéria do corpo humano, fato que limita o fluxo normal de sangue no organismo. Os achados foram possíveis, entre outros fatores, pois a retina é um dos tecidos mais ativos metabolicamente no corpo humano e sua circulação terminal é particularmente sensível a eventos isquêmicos, caracterizados pela dificuldade de circulação do sangue.

“Entendemos que nossos resultados podem qualificar o entendimento da fisiopatologia da doença, o que é fundamental para a prescrição de tratamentos efetivos e mais adequados às necessidades dos pacientes”, completa o médico residente de Oftalmologia e autor principal da pesquisa, Dr. Leonardo Amarante Pereira.

 

No entanto os pacientes que participaram do protocolo de pesquisa e sobreviveram seguem em monitoramento pelas equipes.

 REFERÊNCIA NACIONAL

Portanto dada a mobilização mundial de pesquisadores e cientistas acerca do tema, a relevância da pesquisa coloca mais uma vez a FMABC na vanguarda do conhecimento científico e em permanente sintonia com as novas tecnologias responsáveis por fortalecer o combate à pandemia. “Nosso estudo seguramente elenca a FMABC entre as entidades de ensino do Brasil e do mundo que mais se mantém atualizadas e na fronteira do conhecimento”, completa o chefe da disciplina de Oftalmologia da FMABC, Dr. Vagner Loduca.

 

Além disso  o estudo tem orientação do vice-reitor do centro universitário, Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, e do chefe do Setor de Retina da FMABC, Dr. Julio Zaki Abucham Neto. Também assinam a pesquisa os colaboradores do Setor de Retina e Vítreo da FMABC, Dra. Priscila Alves Nascimento e Dr. Hebert Toshiaki Sakuma, a pesquisadora do Laboratório de Análises Clínicas da FMABC, Dra. Glaucia Luciano da Veiga, além dos médicos residentes Leonardo Amarante Pereira, Larissa Caroline Mansano Soares e Luciano Rabello Netto Cirillo. Em conclusão o grupo de estudo também conta com a colaboração do médico residente Lucas Figueiredo Lacerda e da fellow do Setor de Plástica Ocular da FMABC, Dra. Raíssa Figueiredo Lacerda.

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