Temerários
Vimos alguns psicopatas afirmarem, aos brados, que o Covid-19 não existe, sendo invenção de “comunistas” para ferrar o Brasil. São extremistas ensandecidos, bate-paus de tendências fascistas atualmente revividas.
Noutro extremo da mesma fita, observamos mandatários arrivistas ameaçando a população com severas punições, caso descumpram suas imposições “geniais”. Chegarão, por acaso, a pôr um “sniper” em cada esquina?
A História mostra que, onde não há capacidade de argumentos, usa-se a força, apanágio de biltres armados contra cidadãos inermes. Mais: o que significa, nesta época cibernética, controlar multidões pelo rastreamento de celulares?
Faz-nos lembrar obras ficcionais como“1984” (1949, de George Orwel) e “Fahrenheit 451” (1953, de Ray Bradbury), nas quais o canal único estatal de TV comandava a sociedade. Qualquer infração às normas era punida com fúria.
Se ao medo de uma pandemia mortal agregarmos o temor aos desmandos dos poderes públicos que exacerbam o perigo ou o negam, estaremos falando de farinha do mesmo saco. São temerários e mais perigosos que o vírus.
Portanto, até que a Medicina informe que o perigo alcance limites toleráveis, qualquer ação destemperada ou insidiosa é suicida. A economia, acompanhando passo a passo as vitórias dos que estão na linha de frente dessa guerra, recuperar-se-á.
Aos temerários recomenda-se camisa de força e quarentena psiquiátrica.