Eles voltaram? – Editorial
Tudo que é mal explicado sai caro. Há meses afirmamos: se cada um do governo seguisse dizendo a parvoíce que lhe viesse à titela, teríamos Babel. Todos falando a mesma língua, teríamos Jericó.
Fora do oba-oba futebolístico eleitoral afirmamos, ainda, que a vitória do Jair deu-se por pouco. Ele abiscoitou 57.797.456 dos votos válidos. Num total de 104.838.753 sufrágios, 47.040.819 do poste do Poderoso Cefalópode são uma força temível.
Insistimos que o novo governo teria contra si as cúpulas judiciárias e a casta política – tradicional e neófita, ressalvadas preciosas exceções – e que não havendo severa Reforma Política, o caroço ficaria inevitavelmente maior que o abacate. Veja-se o que ocorre com a Educação.
Comentamos ainda que quem seguisse “gurus prêt-à-porter”, como o astrólogo fujão de Virgínia, faria um buraco n’água, de vez que um ex-comunista que contesta Einstein, Newton, Aristóteles e outros expoentes não merece crédito.
Jair não necessitaria, em tese, de oposição. Sabe jogar tijolo para cima e ficar em baixo por si próprio. Enfrenta, todavia, canalhocratas afirmando que “não se pode criminalizar a política”, enquanto politizam o crime.
Complicando, o discurso de seus idólatras ante suas lambanças pueris ou fatos graves, como o Caso Flávio, é a mesma lengalenga dos petralhas seja forma, seja no conteúdo. Resultado? Tivemos “A Volta dos Mortos Vivos”…