Editorial

Editorial – Trombadas

No quinto mês do novo governo, após quinze anos de dominação das quadrilhas que conduziram o país ao caos, este persiste. Não mais por conta dos salafrários ditos de “esquerda” (Sic”!) ou “revolucionários” (Sic!) bolivarianos.

Dizem, os filósofos, que o poder corrompe; muito poder, corrompe muito mais. Diz o populacho que “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”. Ébrios de poder, os neófitos não apenas entram de cabeça no jogo “tradicional”, como o alavancam, salvo raríssimas ressalvas. Razões mesquinhas há, para isso.

Aquilo que a imprensa tão mercenária quanto burlesca chama de “ a maior derrota de Sérgio Moro” no Caso COAF é, de fato, uma derrota não dele, mas do país. Sem exceções, todas as manobras para impedir o combate à corrupção também.

Enquanto os novos donos da corte digladiam-se com atitudes tão fuleiras quanto tragicômicas e sob aplausos dos antigos, o grande ausente é o tal “povo” catatônico e apático.

A máxima “Todo povo tem o governo que merece” merece ressalvas: tem igualmente o desgoverno conquistado. Enfim, para esse ente misterioso, pensar dói e obrigar seus representantes – dos municípios a Brasília – a andarem na linha dá muito trabalho. Melhor lamentarem-se desairados, os que enxergam seus sonhos frustrados, ou seguir idolatrando apaixonados seus monstrengos prediletos via redes sociais. E o inóspito festival de trombadas que prossiga no país…

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