Editorial – Cartas marcadas…
Fôssemos fracos dos nervos, estaríamos estarrecidos e catatônicos com o tsunami de iniquidades praticadas pelo Congresso Nacional; e o Supremo Tribunal Federal contra o Brasil. Afinal, para a maioria de seus membros, o crime compensa.
Tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) de Sergio Moro, engavetar o Pacote Anticrime; revalidar o obsceno Indulto de Natal a presidiários apresentado por Michel Temer em 2017, autorizar assembleias estaduais a revogar prisão de seus deputados são apenas algumas “gracinhas” praticadas, dentre infinitas.
Mas, há que lembrar vivermos num país onde filha que matou a mãe e pai que matou a filha têm “saidinha” da prisão no Dia das Mães e Dia das Crianças. Pode? No “País das Maravilhas”, pode! Suzane Richstofen e Alexandre Nardoni que o digam…
Afinal, a intensa barragem ofensiva de artilharia contra o que o eleitorado sonhou de necessário para enfrentar a grave crise estrutural em curso; não tem a contrapartida da barragem defensiva dos eleitos para conter a delinquência institucional crônica.
Aliás, além do povo – esse ente etéreo e volátil – ter sumido das ruas após a festança eleitoral; o atual governo é alvo tanto de bombardeio inimigo; o que seria natural, quanto de “fogo amigo”, o que é aberrante. Tudo pelo poder, nada pelo país, é o lema imperante nesse jogo de cartas marcadas.
Como diria Lupicínio, há que ter “nervos de aço”…