Mais um carro atingido por incontáveis projéteis disparados por criminosos contra um Policial Militar paulista que estava na porta de sua casa em seu horário de folga. Um morto. Uma viúva. Três órfãos. Cinco vítimas diretas que infelizmente você nunca mais vai ouvir falar. Desta vez ninguém saiu nas janelas para filmar tudo. Ninguém contou os projéteis. Ninguém quis dar depoimento sobre o que viu e ouviu.
A violência policial está sempre bem monitorada e estudada e merece sim ser reprimida. Mas a violência contra o policial ainda permanece esquecida. Ninguém ousa gritar contra o crime organizado porque sabe o preço que isso irá lhe custar. Neste sentido, se faz necessário sim o novo Projeto de Lei Anticrime contra a corrupção, o crime organizado e os crime violentos.
Por óbvio, o projeto precisa ser largamente discutido pelo Congresso Nacional para que Direitos e Garantias Fundamentais não sejam violados, mas rechaçar o projeto sem o necessário debate é aceitar que milícias continuem comandando comunidades, que o tráfico continue sendo o poder dominante nas favelas e que os políticos corruptos continuem governando no pior estilo coronelista.
Nosso Código Penal é de 1940. Nosso Código de Processo Penal de 1941. O crime se aperfeiçoou e para que seja combatido, se faz necessário olhar a frente e buscar novos caminhos para o bom combate.
