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Análise para a imprensa – produzida por economistas da Facamp

“Perspectivas não são promissoras para o comércio varejista brasileiro”, afirma especialista

O comércio varejista brasileiro[1] apresentou uma leve recuperação em março de 2019, segundo a última Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, publicada em 9 de maio de 2019.

O Volume de vendas do varejo ampliado apresentou um crescimento de 1,1% em relação à fevereiro de 2018. 

No entanto, o resultado anual ainda demonstra uma situação negativa, uma vez que, na comparação com março de 2018,

houve queda de 4,4% no volume de vendas do comércio varejista e de 3,5% nas vendas do varejo ampliado

A maioria das atividades integrantes do varejo ampliado contribuiu negativamente para o resultado do volume de vendas em março comparado a fevereiro de 2019.

Negativos

Os destaques negativos ficaram com a queda das vendas de setores pouco representativos no cálculo do índice.

Ademais, o setor de alimentos, bebidas e fumo[2] apresentou queda significativa na comparação com março de 2018 (-5,7%), embora a queda marginal seja tímida (-0,7%).

O setor de veículos registrou crescimento de 4,5% em março com relação a fevereiro de 2019,

puxando o índice de vendas totais devido a seu elevado peso na composição geral.

Já o comércio varejista brasileiro enfrentou dificuldades no início de 2019,

 enfraquecendo o movimento de recuperação que se delineava no biênio 2017-2018.

Desafios do varejo ampliado tornaram-se mais evidentes com a queda do volume de vendas no triênio 2014-2016,

devido ao arrefecimento do ciclo de consumo e à crise econômica brasileira a partir de 2014,

com relevante contribuição do ambiente de insegurança trazida pelas eleições presidenciais realizadas nesse ano.

Apesar do crescimento acumulado de 3,9% nos últimos 12 meses,

o volume de vendas do varejo ampliado em março de 2019 ainda se encontra abaixo da base média de 2014.

De acordo com a professora da Facamp e doutora em economia, Adriana Marques da Cunha,

“as perspectivas não são promissoras para o comércio varejista brasileiro considerando que as projeções de crescimento do PIB estão se reduzindo e que as perspectivas para o mercado de trabalho e para a massa salarial nominal seguem desfavoráveis”.

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