Márcio França quer Alckmin e diz que “ICMS é um imposto injusto”

  Pré-candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, o governador Márcio França (PSB) reafirmou lealdade ao antecessor Geraldo Alckmin (PSDB) e disse que lutará até o fim para que seu partido apoie o tucano na corrida presidencial. Ao mesmo tempo, defendeu a contribuição de melhorias “para cobrar de quem é diretamente beneficiado por obras públicas” e classificou o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) como “um imposto muito injusto”, que precisa ser revisto.
As afirmações foram feitas em entrevista exclusiva ao Programa 30 Minutos, nos estúdios do Jornal ABC Repórter, em São Caetano, onde ele esteve na noite de quinta-feira, e encontrou-se com autoridades da Segurança Pública, políticos, líderes da sociedade e empresários.
Muito à vontade, o governador reconheceu a necessidade de se rever critérios de arrecadação, mas enumerou uma série de trabalhos mantidos pelo Estado em Saúde, Educação, Segurança e outros para destacar: “Para atender a todas essas necessidades é preciso ter arrecadação, e alguém tem de pagar”.
A manifestação do governador sobre o ICMS foi em função de uma declaração do empresário Wagner Natale, da Rebal, semana passada em entrevista ao REPÓRTER. 
Sobre a possibilidade de ter o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) como vice, França descartou por completo: “Respeito o Marinho, não tenho inimigos na política, mas hoje ninguém quer ter o PT ao lado”.
Já sobre um apoio ao presidenciável Ciro Gomes (PDT) para ter os trabalhistas apoiando-o em São Paulo, Márcio França foi muito claro: “Sou leal ao ex-governador Alckmin, sempre disse que o apoiaria, e vou lutar até o fim para que nosso partido esteja com ele na disputa pela Presidência”.