Com quase 15 milhões de habitantes, Istambul, a maior cidade da Turquia, é a melhor porta de entrada desse país que tem um pé no ocidente e outro no oriente, entre a Europa e a Ásia. Capital de três impérios – bizantino, romano e otomano – a história da antiga Constantinopla está impregnada nas ruas da cidade. Assim como as cores, os aromas e os sabores desse país.
Istambul está cheia atrações. Há muito o que fazer e descobrir ao andar pelas ruas da cidade. Nesse post, você vai encontrar 10 razões para atravessar o oceano e se apaixonar, definitivamente, por esse pedacinho do planeta.
O que ver em Istambul:
Bater perna é um programa essencial em qualquer parte do mundo. Sair sem destino, descobrindo ruas, praças, monumentos, traçando um roteiro próprio, a gente consegue ir além das sugestões de guias e panfletos. Em Istambul, essa descoberta é ainda mais especial.
1. Santa Sofia
Símbolo de Constantinopla, a Basílica Santa Sofia foi construída de 532 a 537, por Justiniano. Em 1453, tomada pelos otomanos, tornou-se uma mesquita e, em 1935, Atatürk, um herói nacional, transformou-a em museu. A estrutura é gigantesca e por muito tempo ela foi a maior igreja do mundo.
A Santa Sofia, que hoje é um museu, fica no ponto mais alto de Istambul e é um dos cartões postais da cidade. A cúpula, com mais de 30 metros de diâmetro e seus 4 minaretes são visto de longe. Por dentro, a Santa Sofia impressiona. A sala principal tem 70 X 74 metros ornamentados com colunas, lustres, mosaicos que, certamente, vão tirar o seu fôlego.
Para conhecer a Santa Sofia:
Adultos pagam 40 liras (R$ 27,09) e, para menores de 12 anos, é gratuito. De 15 de abril a 30 de outubro, está aberta das 9 às 19 horas. De 01 de novembro a 14 de abril, das 9 às 17 horas – todos os dias.
2. Palácio Topkapi
Construído em 1459, o Palácio Topkapi foi a residência de sultões otomanos, durante 4 séculos. Foi ampliado várias vezes por diversos governantes, até que, em 1856, o Sultão Abdumecid se transferiu para o Dolmabhçe, um palácio de estilo mais ocidental.
O Topkapi tem 700 mil metros quadrados: sala de armas, estábulos reais, quiosque, harém, pavilhões, pátios, jardins com vista para o mar, tudo muito bonito e grandioso. Para ver tudo, a gente anda bastante. Vá com disposição, uma roupa confortável e calce um tênis.
O acervo do palácio, acumulado ao longo de 500 anos, abriga prataria, joias, tapetes, relógios, objetos de cerâmica, além de um tesouro composto de preciosidades como uma adaga cravejada de pedras preciosas, uma armadura de diamantes, um diamante de 86 quilates e outras joias.
O harém do Sultão é a cereja do bolo. É lá que ficavam, não só as concubinas, mas a mãe, os irmãos e os filhos do sultão. Para acomodar todo esse povo, são mais de 400 quartos, sendo que a mãe do sultão ocupava uma área especial. Ela tinha poder sobre todas as mulheres do harém.
Para visitar o Palácio Topkapi:
O ingresso custa 60 liras (R$ 40,64), além de 35 (R$ 23,71) para ver o harém. De quarta à segunda, das 9 às 17 horas. De abril a outubro, até as 19 h. Fechado às terças-feiras.
3. Mesquita Azul
A Mesquita Azul, Sultanahmed Camii, em turco, foi inaugurada em 1617 e é a mesquita mais importante de Istambul. Embora, aparentemente, seja do tamanho da Santa Sofia, na verdade, ela é a metade. A cúpula central tem 23 metros de diâmetro e 43 de altura. Ela se chama Mesquita Azul porque a cúpula é adornada por mais de 20 mil azulejos azuis, oriundos da cidade de Iznik.
A Mesquita é iluminada por mais de 200 vitrais, além dos lustres enormes pendurados no teto. Como os muçulmanos não cultuam imagens, não há santos ou outras figuras no interior da mesquita. A beleza está nos azulejos elaborados, dos lustres gigantescos e nos vitrais coloridos que ganham vida quando bate o sol.
Para entrar na Mesquita Azul, assim como em todas as mesquitas da cidade, você deve estar com a roupa apropriada e tirar os sapatos antes de entrar. As mulheres precisam cobrir ombros e cabelos. Caso você vá desprevenido(a), os funcionários emprestam uma canga para cobrir o que deve ser coberto.
Para visitar a Mesquita Azul: a entrada é gratuita. E ela está aberta todos os dias, das 9 às 19 horas. Só fecha para as orações.
4. Cisterna da Basílica
A Cisterna da Basílica é apenas uma das muitas cisternas espalhadas por Istambul. Mas ela, que também é conhecida por “Palácio Submerso”, é a maior da cidade. As cisternas foram construídas para armazenar água, caso Istambul sofresse algum ataque. Assim, a população não sofreria com a falta de água.
A Cisterna da Basílica foi construída entre 527 e 565, embaixo de uma basílica, para abastecer o Palácio Bizantino, nos tempos de Justiniano I. Daí, o nome…
Na cisterna, que mede 140 x 70 metros, cabem 100 mil metros cúbicos de água. As 336 colunas coríntias e dóricas, com 9 metros de altura foram aproveitadas de antigas edificações. Por isso, elas não são, exatamente, iguais. Apenas duas tem uma cabeça de Medusa, aquele personagem da mitologia que transformava em pedra, todos os que olhassem para ela. Em 1987, a cisterna foi restaurada pela prefeitura de Istambul.
Por dentro, a Cisterna da Basílica é escura e fresquinha. Para caminhar por ela, a gente pisa em passarelas, colocadas ali, no final do século 20. Antigamente, o trajeto era feito de barco.
Para visitar a Cisterna da Basílica: ela fica pertinho da Santa Sofia e está aberta todos os dias, das 9 às 17h30. O ingresso custa 20 liras (R$ 13,55).
5. Torre de Galata
Esta é uma das torres mais antigas do mundo. Do alto da Torre de Galata é possível ter uma das melhores vistas de Istambul. Em 528, quando foi construída, ela era de madeira e servia de farol. Em 1348, a torre foi reconstruída e ganhou o nome de Torre de Cristo.
A Torre de Gálata tem 61 metros de altura. A base da torre tem um diâmetro de 16,5 metros no exterior e, no interior, 8,9 metros – essa diferença indica que a parede tem uma espessura de 3,7 metros na base e 20 centímetros na parte superior. Lá em cima, além de uma vista de 360 graus espetacular, tem um restaurante para almoços e jantares. Uma escada e um elevador levam o visitante até o topo.
Para visitar a Torre de Galata: ela fica na Büyük Hendek Cd, Bereketzade e está aberta das 9 às 18 horas, de segunda a segunda. O ingresso custa 9 liras (R$ 9,06).
6. Banhos turcos – Hamman
Quem vai a Istambul, não deixa de experimentar os tradicionais banhos turcos, que são oferecidos em espaços chamados Hamman. O hamman é quase um spa ou uma espécie de termas romanas, onde o relaxamento é tão importante quanto o banho. Trata-se de um ritual. A pessoa entra, ganha um roupão e segue para as várias etapas: banho, esfoliação, massagens… Geralmente, são ótimas instalações e o serviço é impecável.
Em Istambul existem centenas de banhos espalhados pela cidade para atender, tanto à população quanto aos turistas ávidos pela experiência. Os mais tradicionais são o Aga Hamami, perto da Praça Taksim, e o Hamam de Suleymaniye, que recebe homens e mulheres. O valor do banho turco completo fica em torno de 60 euros (R$ 265, 60). E eles costumam funcionar das 6 da manhã à meia-noite.
7. Dervixes Rodopiantes – Mevlevi
Os Dervixes Rodopiantes são homens adeptos do sufismo, que numa cerimônia chamada Sema, rodopiam ao som de uma música, vestidos com uma saia rodada e branca – seja por devoção ou simplesmente uma apresentação para turistas. Assistir a uma dessas cerimônias é importante para experiência no país ser completa.
A cerimônia acontece desde 1273, quando o fundador da Ordem dos Dervixes morreu. Ele se chamava Mevlâna Celaleddin Rumi e era um sufi místico, um dos mais importantes poetas do país, um pensador que acreditava que a música e a dança eram capazes de elevar o homem e curar as suas dores.
A cerimônia tem uma duração de 45 a 60 minutos e é dividida em sete partes, todas com um significado. Totalmente concentrados, os dervixes começam devagar, com uma mão para cima e outra para baixo – uma simbologia que significa a ligação entre o céu e a terra. Aos poucos, eles aceleram e parecem estar em transe. A ampla saia branca simboliza a mortalha do ego, o chapéu cônico representa a lápide do ego.
Para assistir a uma dessas cerimônias, há vários lugares em Istambul. Mas, nós assistimos no Café Mesale Restaurante, no Arasta Bazar, um centro comercial do século 17, ao lado da Mesquita Azul. O restaurante é aberto todas as noites e dá para ver o espetáculo mesmo sem entrar.
8. Museus
Os museus são uma boa estratégia para conhecer um pouco mais uma cidade ou país. Os costumes, a cultura, a história, o motivo de todas as coisas. E um dos mais importantes em Istambul e no mundo é o Museu Arqueológico. Na verdade, Museus Arqueológicos.
Ele é divido em três: Museu Arqueológico, Museu do Quiosque Esmaltado e o Museu de Antiguidades Orientais. Todos eles dedicados aos hábitos e costumes de quem viveu na cidade. Nesse complexo está o sarcófago de Alexandre, o Grande (mas, vazio), de 310 AC.
Para visitar o Museu Arqueológico, siga para o Palácio Topkapi. Fica nas imediações. Ele está aberto das 9 às 19 horas, de terça a domingo. O ingresso custa 20 liras (R$ 13,55).
Mas, existem outros museus, igualmente interessantes, pra você visitar em Istambul: Museu de Arte turca e Islâmica, Museu de Atatük, Museu de Arte Moderna, Museu do Tapete, Museu da Ciência e da Tecnologia, Museu da Imprensa, Museu da Caligrafia, Museu do Brinquedo, Museu Militar, Museu do Mosaico e outros mais. Programe-se para visitar, pelo menos um, entre os 64 museus da cidade.
9. Passeio de barco pelo Bósforo
Um passeio pelo Estreito de Bósforo é programa obrigatório em Istambul. O turista escolhe entre as balsas ou os barcos particulares para observar as melhores paisagens da cidade.
Várias empresas, ao longo da costa, oferecem diferentes passeios pelo Bósforo. Mas, a maioria está nas imediações da Torre de Gálata, perto da estação de tram Eminönü. Chegando ali, os visitantes logo são abordados por alguém para fazer o Bosphorus tour. O ideal é escolher as empresas mais antigas, mais tradicionais para fazer os passeios de um dia inteiro, com parada para almoço ou o short Bosphorus tour, com duas horas de duração. Ao longo do trajeto, mansões, museus e edifícios históricos às margens do estreito.
10. Mercados e culinária
Na minha opinião, uma viagem não é completa quando não visitamos o mercado da cidade. E posso dizer que o Grand Bazar é um retrato de Istambul. Construído em 1455, ele é o mais antigo da cidade, tem 21 portões, abrange 58 ruas e tem mais de 4000 barracas, que vendem de tudo: tapetes, artesanato, toalhas de mesa, antiguidades, almofadas, lustres, tecidos, bijuterias, joias, roupas, artigos de couro, louça, doces e tudo o mais que você imaginar de lindo. Ele fica aberto de segunda a sábado, das 8:30 às 19h. Entrada gratuita.
O mercado tem 45 mil metros quadrados e 20 mil pessoas trabalham nele. Por dia, uma média de 500 pessoas visitam o Grand Bazar.
Também conhecido como Bazar Egípcio, o Bazar das Especiarias foi construído em 1663. Nesse bazar, os preços são mais em conta e há muita gente que prefere comprar nele. Mas, quem vai a Istambul, precisa conhecer os dois. O Mercado de Especiarias está aberto todos os dias da semana, das 8h30 às 19h horas.