Editorial – Reuniões proativas
Suponhamos uma cidade qualquer, na qual Legislativo e Executivo atuem unidos para fazer o mínimo possível, arrecadando o máximo possível e na qual o Judiciário mantenha-se adstrito às suas funções elementares.
Em nome da insatisfação popular, que cidadãos notáveis ou não resolvam reunir-se para influir nos destinos da vida real da urbe. Até a consolidação de posições haverá um longo trajeto.
Haverá alguns cujos interesses próprios, ainda que maquiados, farão o diabo para defendê-los. Outros, da mesma forma cartesiana tentarão, de qualquer maneira, impor seus objetivos político-partidários.
E, a grosso modo, os que realmente se preocupem com a cidade e seu futuro estarão na árdua posição de convencer aqueles a abrirem mão seja de ganância, seja de ideias fixas ideológicas, compadrios e fanatismos, ou tudo isso junto.
A única forma de conduzir a discussão para solucionar problemas e discutir planos de ação, seria mostrar cada encrenca de forma cabal e propor, aos participantes, posição técnica incondicional. Nada de eu-eu-eu, meu partido, meu pet, meu time, minha religião e estorinhas aleatórias fora do contexto, por exemplo.
Afinal, o tema fundamental tem de ser o da união de esforços para a melhoria das condições de vida da cidade e sua gente. Começar tal processo é difícil. Levá-lo adiante, mais difícil ainda. E, ao consolidá-lo, é que começariam as dificuldades…