Imediatamente após as últimas eleições gerais, a arraia miúda eleitoreira voltou a movimentar-se, frenética, para formar grupos, coligações, conluios e o diabo a quatro para as próximas contendas minoritárias, as de 2020.
Nos 5.570 municípios do país a disputa será, como sempre foi, por nomes, interesses e vantagens garantidoras dos privilégios de minorias astutas
– chamadas de “clubes dos cafajestes” pelo brilhante jornalista Augusto Nunes – e que se danem as cidades.
O fenômeno da bronca contra a canalhocracia, que elegeu o Jair, se exemplar no geral, não vingou ainda no particular.
Por todo lado encontramos as mesmas figuraças e seus apadrinhados,
independentemente de partidos, em intensa atividade para garantir privilégios e benesses decorrentes do assalto aos cofres públicos.
Num ano político (no mau sentido) não se questiona a tranqueira que será indicada a concorrer a vereador ou prefeito, por exemplo.
Basta ser conivente com “o meio” e aceitar “as regras do jogo”, garantindo pingues lucros no investimento total.
Nenhum questionamento lhe será feito sobre projetos e planos para a cidade
, referentes à segurança, saúde, ensino, infraestrutura etc., moralidade pessoal ou pública e competência político-administrativa.
A culpa, claro, não é da tranqueirada, mas de quem nela vota, insistimos. Quem elege salafrários, deles gosta e perde o direito de reclamar…