Ontem o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo marcou a arrecadação recorde de um trilhão e 400 bilhões de reais e lá vai pedrada neste ano. Ou seja, a população economicamente ativa do país, 1/3 do total de habitantes, grosso modo, bancou esse número quinze dias mais cedo que em 2014. Significa que a arrecadação não caiu, mas, aumentou bem. Mais de 35% da riqueza que aquele 1/3 produz vão para o Estado deitar e rolar festivamente.O que superou todas as expectativas foram os gastos públicos dos últimos anos, camuflados até janeiro deste, de aí o rombo orçamentário teórico de 30,5 bilhões para 2016. Ano passado, durante a euforia da Copa, o circo eleitoral e outras iniquidades, alertamos inúmeras vezes que as contas chegariam. Vieram salgadas. E que levaríamos décadas para consertar os estragos, o que esperamos que não seja assim, mas, salvo uma reviravolta política severa, será.Para quem conhece e repudia o “jeito de governar” irresponsável e inconsequente, incoerente e improvisado, prepotente e incompetente, moral e legalmente condenável do partido no poder e sua base alugada, a crise estrutural não é surpresa. Votaram contra, foram às ruas de verde e amarelo e denunciaram desmandos, corrupção, outros crimes. Os demais hoje devem estar amargando a estupidez de terem acreditado e apoiado quem, deliberadamente, jogou o país no vermelho. É ruim, hein?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.