Editorial – Faz de conta

 Lendo publicações com noticiário político diárias, semanais e mensais apresentadas tanto na internet quanto nas bancas ou ruas, constata-se que a casta regional ou vive num misterioso universo paralelo ou em reinos da fantasia, ambos cavernosos. É ano político e vésperas de ano eleitoral, mas, não encontramos uma palavra sequer dos atores sobre o desastre anunciado a que o país foi conduzido na última década e que agora se efetiva. Dos desastrados partidários dos desastrosos, nada poder-se-ia esperar. São, senão cúmplices, apoiadores dos desmandos generalizados que nos atingem hoje onde dói mais: no bolso e nas esperanças de futuro digno. Todavia, suas chances em 2016 caíram na medida dos índices de reprovação da Casa Grande. Mas, com rombo tão monstruoso no dinheiro público, devem ainda ter gordura para queimar na campanha do ano que vem. Dos opositores vê-se quase que unicamente a ânsia quantitativa por adeptos seja como seja, não importando a capivara do requerido. Visão político-administrativa e qualidade moral dos indigitados não interessam. Estão na maioria – como os outros – atrás de cargos, poder e suas benesses, além de tratarem a Política, fator permanente do Bem Comum, não com honra, dignidade e sabedoria, porém, com a paixão doentia de fanáticos torcedores de futebol – como os outros. É jogo de faz de conta no qual, se Freud não explica, a farsa o faz…