Editorial – É coisa do Cramulhão…

 Político brasileiro é o ser mais desacreditado no país. Nas pesquisas de confiabilidade aparecem na rabeira, na zona de rebaixamento. E não é questão de predominância anarquista na apreciação popular: todos sabem quais os métodos, os princípios e ética violentados pela nefanda casta que, devido às ignorância e omissão do eleitor, infestou o país. Ex-administradores venais que deixaram dívidas milionárias ao sucessor fazem qualquer malabarismo para permanecerem sob os holofotes e continuar mamando nas tetas públicas, mudando de partido e caindo de pau em cima de ex-funcionários, aos quais deram emprego, cobrando apoio. Partidos políticos postados como atuais campeões da ética os cooptam, sem importar que estejam inelegíveis, contanto que tragam alguns votos ao seu cocho. Isso se dá nos municípios, estados e governo central. Veja-se, a saber, os casos de São Caetano e do Rio Grande do Sul, onde heranças malditas quase inviabilizaram os governos posteriores. Entretanto, como os tucanos vão explicar aos seus eleitores que defendem a lei da Ficha Limpa e filiaram o ex-prefeito José Auricchio Jr que teve suas contas rejeitadas pelo TCE – Tribunal de Contas do Estado e pela Câmara Municipal? Como acreditar em um discurso lindo e maravilhoso se a prática é criminosa? A dívida de R$ 260 milhões deixada por Auricchio vai atrasar a cidade por mais de 20 anos. Perdemos a possibilidade de fazer investimentos, mas pela produção feita no último sábado dá para se perceber que recursos não são problemas para o ex-prefeito. Quem paga a conta?