Editorial – Nó em gota d’água

 Hoje, falar-se em pedaladas é dizer de incompetência administrativa. O administrador mequetrefe gasta mais do que arrecada apostando na reeleição ou em fazer o sucessor: conseguindo, a sujeira segue embaixo do tapete. Senão, deixa ao sucessor rombos no orçamento que lhe inviabilizam a gestão. Veja-se o estado calamitoso da economia nacional, graças à prática irresponsável, senão criminosa. O sucessor de um pedaleiro tem de dar nó em gota d’água para equilibrar as contas públicas, pagar credores e investir nos pilares da gestão: saúde, educação e segurança. Fora, é claro, ter nervos de aço para enfrentar as canalhices daqueles que quebraram a administração e, hipocritamente, botam-lhe nas costas a culpa das dificuldades que causaram. Reeleitos ímprobos culpam as oposições. O caso de São Caetano é emblemático: a atual gestão começou com um rombo de ¼ do orçamento, a saúde pública na UTI, a segurança desmontada e o ensino à beira do caos. Todos os três só funcionando graças à dedicação e tenacidade dos funcionários e a certeza de que dias melhores viriam. E vieram. Não só esses pilares, mas, infraestrutura, esportes, lazer e cultura prosperaram. Os fatos estão aí para quem quiser ver. Mas, numa crise epidêmica, o desenvolvimento econômico fica comprometido, como em todo o país. Temos de unir esforços para transpor estes momentos difíceis. Juntos, será mais fácil.