Editorial – Palhaçadas e panaceias

 Que o plano mirabolante da invenção de uma “união das repúblicas socialistas latino-americanas” fez água, é fato incontestável. Os países dominados pelos imitadores do que já havia fracassado no planeta estão em estado crítico. Cuba – sede do encontro de 1991 que criou o Fórum de São Paulo, gestor do projeto – é quem terá as melhores perspectivas, se tiver juízo e souber aproveitar com inteligência o reatamento das relações normais com os USA. O fato determinante do fracasso está longe de ser a ideologia capenga dos partidos e movimentos afiliados. Estudando as revoluções populares que por algum tempo deram certo, vemos que não se deram na base do vale-tudo, mas, assentadas em fortes princípios éticos, motivadores das massas populares pois, desde a idade da pedra, a humanidade sabe que não se combate o crime com crimes. Esse pormenor passou desapercebido tanto aos teóricos, quanto aos operadores da coisa. De aí as marés e tsunamis de corrupção que avassalam países como Argentina, Brasil, Venezuela, Uruguai, Chile, Paraguai, Peru e Equador. Os fundamentos do socialismo mal digerido leva ao populismo próprio do fascismo e, este, à degradação das relações sociais e ao surgimento de líderes megalomaníacos incompetentes na gestão da coisa pública, mas, experts em cultos à personalidade. A economia fracassa e as panaceias tornam-se medíocres palhaçadas. Certo?