Duas figuras do século passado sabiam lidar com a imprensa: John Kennedy e Juscelino Kubistchek. O primeiro tinha tiradas fantásticas e o segundo levava no bom humor, numa elegância mineira que obrigava até um poço de amarguras como o jornalista Carlos Lacerda a respeitá-lo. Piadas, charges e paródias sobre ambos eram o prato do dia e mais os valorizavam que desprestigiavam devido à atitude democrática de ambos.Mas, hoje, no Brasil, os políticos no poder ou dele desapeados esqueceram os ensinamentos tanto de um, quanto de outro. Estão mais para a intolerância do Estado Islâmico em relação ao “Charlie Hebdo” com toda sua sanha, mas, sem coragem suficiente para igual agirem, felizmente. A moda de fascistas, aloprados, corruptos e incompetentes, é desconstruir personalidades processando todos e qualquer um que os defina técnica e humoristicamente. Quem afirmar que corrupto é corrupto, ladrão é ladrão, incompetente é incompetente etc., corre o risco de ver-se numa pendenga jurídica de péssimo naipe. Ao menos por hora são raros os juízes que punem jornalistas, humoristas e chargistas. Certa feita ouvimos de uma promotora que nos inquiriu por reportagem denunciando os que, hoje, não saem do noticiário policial: “- O Sr. escreve muito bem!”Nem tanto… falta-nos, expressivamente, a verve de um Carlos Lira e sua incomparável Paloma. Vale sempre a pena conferir.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.