Dois exemplares de ovos, da época em que os dinossauros reinavam por aqui, foram descobertos na região de Uberaba, Minas Gerais. As duas esferas de pouco menos de 15 cm foram entregues ao escritório do Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM) de Belo Horizonte, órgão que tem entre as suas funções cuidar de todo patrimônio fóssil do país. A doação foi anônima e não se sabe quando eles foram encontrados, mas, segundo informações do próprio doador, os dois itens foram descobertos em uma pedreira de calcário localizada a 30 km ao leste de Uberaba, no bairro de Ponte Alta.Na região de Peirópolis, distrito da cidade mineira, estão algumas das jazidas de fósseis de dinossauros mais ricas do país. É lá que está localizado o museu da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), para quem o DNPM anunciou a cessão dos ovos encontrados.A região dos fósseisCom relação à localização, Luiz Carlos Borges Ribeiro, geólogo da UFTM, afirma que as informações anônimas sobre os itens provavelmente estejam corretas. A região de Uberaba é a única do país, até hoje, em que foram encontrados ovos intactos desses antigos animais.Porém, como já mencionado ao longo do texto, não se sabe quando esses ovos foram descobertos e, segundo ele, pode ser que tenha sido há várias décadas. Pela característica de riqueza em fósseis da região, acredita-se que muitos itens importantes tenham sido perdidos ao longo do tempo em função da omissão de achados por parte de funcionários das pedreiras da região. Isso ocorria porque eles temiam o embargo da extração de calcário por parte das autoridades caso informassem o local das descobertas.Possivelmente, os fósseis descobertos sejam de 70 milhões de anos atrás, época próxima do fim da existência dos dinossauros na Terra. Tudo indica que eles sejam de uma espécie de titanossauro, gigantesco animal herbívoro e quadrúpede com um longo pescoço. Na região, muitas espécies como essa já foram descobertas, sendo que a maior delas possuía mais de 20 metros contando da cabeça à ponta da cauda.Só a recuperação desses itens já considerada um grande golpe de sorte por parte dos pesquisadores, no entanto eles têm a esperança de que restos de embrião ainda estejam no interior dos ovos. Para descobrir isso, eles vão submeter os fósseis a tomografias computadorizadas. Além disso, deve ser realizada uma análise química dos elementos presentes na casca. Isso deve indicar informações como a temperatura em que foram chocados e como era o ambiente em que foram postos.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.