Editorial

Editorial – Chama que não morre

 Chegamos ao atual estágio de incêndio nacional pois no “país do futuro”, desde sempre, alguns se iludem, muitos se aproveitam e a maioria se omite. De repente, vem algum incauto e pergunta: “ Por que o lamaçal que constante escorre de Brasília, destruindo este país, não tem espaço na mídia”? Como ainda não chegamos aos níveis de perseguição, repressão e censura que existentes em Cuba, Venezuela ou Bolívia dentre outros (a Argentina virou a mesa, no domingo!), tudo o que sabemos e conhecemos desde o fim da ditadura dela vem. Paramos de publicar poemas e receitas no noticiário político. Assim, não dá para saber se quem faz perguntas do tipo é ingênuo, ou faz parte do projeto de desconstrução da mídia tramado no Fórum de São Paulo, desde 1991… É-lhe impossível – por mais moderna, articulada e abrangente que seja – investigar, informar e denunciar tudo o de errado, insólito, venal e criminoso que ocorre num exotérico país como o Brasil. Exemplo: o poderoso senador Delcídio Amaral (PT), líder do governo no Senado foi preso pela PF, ontem pela manhã, sendo a ação policial referendada pelo STF. Só soubemos depois dos fatos, óbvio! O que querem? Que a imprensa funcione como polícia, promotoria e tribunal? Não é sua função, e nem temos bola de cristal ou jogamos tarô. O jornalismo não é a fogueira dramática na qual arde um país, mas, é chama luminosa que não morre.

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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