Comissão de Ética aprova continuidade de processo contra Cunha

 Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, sofreu ontem duras derrotas na tentativa de defender mandato. Logo nas primeiras horas da manhã, a PF (Polícia Federal) cumpriu mandatos de busca e apreensão em endereços do peemedebista, como sua residência oficial em Brasília, escritórios e até na sala da Diretoria da Câmara. Foram apreendidos computadores, documentos e celulares do parlamentar. Outros líderes do PMDB e aliados de Cunha também integraram os mandatos cumpridos pela Polícia Federal. Foram alvos os ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), o ex-deputado Alexandre Santos e o prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Nelson Bornier. A devassa da PF foi deflagrada após o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizar a busca de provas para dois processos que seguem em segredo de Justiça, que versam sobre o uso de prerrogativas por Cunha para “atrapalhar as investigações sobre corrupção na Petrobras e se beneficiar”. COMISSÃOJá na Comissão de Ética, Eduardo Cunha, que usava de manobras para evitar a abertura do processo, sofreu sua primeira derrota. Na votação,11 deputados votaram pela continuidade do processo, outros nove foram contrários. Com o andamento das investigações, o presidente da Câmara poderá resultar na cassação do mandado do peemedebista, que garantiu, apesar das duras quedas, não renunciar ao cargo.