Temos um sistema de arrecadação de impostos, dentre eles o imposto de renda, tido tanto como perfeito, quanto impiedoso. Rastreia, analisa e, encontrando deslize ou erro, o cidadão comum leva ferro sem dó. Terá de explicar-se. Mesmo assim malandros há que driblam o sistema. Afinal, estamos num dos países mais corruptos da galáxia.Nesse cenário, o cidadão incomum é um privilegiado pois, como diz Manoel Bandeira em “Vou-me embora pra Pasárgada”, é amigo do rei, qualquer figuraça emblemática encarapitada nas altas cúpulas executivas, legislativas e judiciárias. Nestes tempos de Lava-Jato, é arriscado praticar estripulias fiscais, como usar dinheiro sujo para limpar fichas imundas.Referimo-nos ao manifesto dos advogados dos infaustos protagonistas do Petrolão e outros trambiques monumentais jamais vistos neste, ou qualquer país. É peça rara de politicagem partidária, pretendendo “desconstruir” a Magistratura, o Ministério Público e a Polícia Federal que, pasmem, querem botar na cadeia ilustres vagabundos mais sujos que pau de galinheiro, fato de amplo domínio público.Deveriam, tais rábulas, aterem-se só ao seu mister: acompanhar o devido processo legal garantindo os direitos de seus clientes e fora dos holofotes. Evitariam, talvez, que se siga o dinheiro de seus polpudos honorários para que, da tribuna, não passem ao banco dos réus… Certo, juiz Sérgio Moro?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.