Editorial – O Planalto e o BBB

 A grande aposta de demagogos, corruptos, picaretas, totalitários – e tudo isso junto – recai sobre os piores instintos do bicho-gente que, no Velho Testamento (Êxodo, 20; X a XVII), Moisés configurou nos Dez Mandamentos. Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás coisa alguma que não te pertença, mas ao próximo, e por aí vai. A Humanidade não evoluiu um milímetro desde aqueles tempos, mesmo com terríveis ameaças de parar no Inferno. O que vemos nestes brasis de Macunaíma não resiste ao confronto com as leis bíblicas. Aliás, com nenhum código ético ou jurídico minimamente aceitáveis. Somos o que somos porque gostamos, escolhemos e queremos. A saber, a transformação de qualquer pleito eleitoral – que deveria ser a festa do povo e para o povo – em um BBB execrável e medíocre, lascivo e obsceno, irresponsável e asqueroso, dá testemunho da tese. Veja-se o imbróglio do empachamento da Dilma ou da castração do Cunha, digo, impeachment e cassação respectivas: os envolvidos especializaram-se em criar factoides condenáveis, manobras asquerosas e atitudes somente atribuíveis a influências do Capiroto. Tanto os que querem abocanhar, quanto os que não querem largar o osso. O Planalto e os estamentos federativos subpostos não se diferenciam do BBB em nada. Apenas, o segundo pode ser evitado mudando de canal, ou desligando a TV…