Enquanto por estas bandas a politicalha segue tão excitada quanto mesquinha, pelo país e o mundo o foco das atenções está nas manobras descaradas para socorrer Lula e tirá-lo do olho do furacão da Operação Lava Jato e outras. É coisa do tipo “Missão Impossível”, mas, pelo avesso. O ex-operário pobre, ex-sindicalista remediado e ex-presidente rico corre risco de receber mais um título nobilitário: o de presidiário politicamente insolvente. Luiz Inácio teve todas as chances de tornar-se figura histórica inconteste não apenas nacional, porém, internacional. Não passou no teste de doping na competição legítima para galgar os píncaros da glória reservados aos grandes benfeitores da humanidade. A ausência de modéstia, sobriedade e pudor transformou-o de candidato a estadista em comprovado chefe de facção. Os fatos falam por si. Certamente, aJustiça enfiará os densos processos nalgum fiofó, mas, não no próprio. E mais: a democracia, enquanto sistema imperfeito (não somos deuses: somos humanos), contudo aceitável de governo, exige lisura e transparência sob qualquer microscópio para perpetuar-se e, tais fatores, tanto a excelência dos representantes quando dos representados. A democracia não carece de mártires, heróis ou vítimas incidentais ou acidentais. Carece de líderes competentes e íntegros e de sólida consciência coletiva sobre o certo e o errado. É por aí…
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.