Editorial – A rainha louca

 A afrenia ou demência (stricto sensu) de D. Maria Iª, “A Louca”, rainha do Portugal setecentista, deu causa à assunção de D. João VI e seu séquito corrupto ao trono lusitano e, devido terem vazado ante a ameaça napoleônica, à transformação do Brasil de colônia a sede do império. À época, não existiam ainda medicamentos “tarja-preta” e os loucos de todo gênero, se ricos, eram tratados por exorcistas espertalhões que enriqueciam assustadoramente. Eram os joão-santanas da época.  O que vemos hoje em nada se difere, na essência: uma alucinada no trono e um oportunista megalomaníaco disposto a salvar não um império, mas, uma facção criminosa não de hostes napoleônicas, porém, da Justiça e da indignação popular. Lula Ministro é uma aberração político-ideológica e ato juridicamente nulo sob qualquer critério.  A Jurisprudência é clara : na ação penal n° 396 o STF decidiu, em 28/10/10, que, “quando o cargo com foro privilegiado é utilizado como subterfúgio para deslocamento de competências constitucionalmente definidas, que não podem ser objeto de escolha pessoal, é de ser reconhecida a fraude e mantida a competência do juízo original, ante a impossibilidade de ser aproveitada como expediente para impedir o julgamento”.  Ou seja: o imperador megalomaníaco, a rainha louca e a corte não têm como escapar não só da Lei, como da cadeia. É o que se espera. Certo, Juiz Sérgio Moro?