Depois de bailar salsa em Cuba, o intrépido presidente americano Barack Obama passou por Buenos Aires para um tango com Maurício Macri, seu colega argentino. Durante 12 anos, os Kirchner mandaram e desmandaram no país, primeiro com Nestor, depois com sua poste Cristina. O kirchnerismo é a versão justicialista esquerdista, enfrascada no projeto do Fórum de São Paulo, de transformar a América Latina numa versão subdesenvolvida e mequetrefe da falida União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do século passado. Se em Cuba tratou-se até de fazer justiça histórica com os cubanos, na Argentina trata-se, diretamente, de apoiar e fortalecer um governo legítimo representando a maioria da população. A corrupção – condição sine qua non do peronismo – atingiu níveis inimagináveis sob os Kirchner sem, porém, bater seus êmulos brasileiros, bolivianos ou venezuelanos. Empresários poderosos (como aqui), juízes coniventes (idem) e políticos corruptos (ibidem) viram seu império socialisteiro ruir com a vitória de Macri nas urnas, no ano passado e temem a cadeia. Obama, ao prestigiá-lo, sabe que reforçar a batalha democrática é essencial para o equilíbrio da política externa e interna dos USA. O prócer argentino sabe que contar com tal apoio é essencial em sua trombada com os representantes locais do projeto totalitário bolivariano. Daí a importância, para o continente, da visita.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.