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Governo de São Paulo tem recorde de investimentos na Política Sobre Drogas

Gestão inaugurou 13 Casas Terapêuticas e outras duas serão entregues em breve, garantindo tratamento mais humano e qualificado

O Governo de São Paulo consolidou sua política de acolhimento para pessoas com transtornos por uso de drogas com o maior investimento da história na área. O orçamento da Secretaria de Desenvolvimento Social destinado à Política Sobre Drogas em 2025 é seis vezes maior do que em 2023. Os recursos passaram de R$ 8,8 milhões para R$ 53,7 milhões, o que representa crescimento de 510%, permitindo ampliar a rede, qualificar os serviços e garantir uma presença mais forte e humana do Estado nos territórios.
Foram implantados 13 complexos de Casas Terapêuticas durante a gestão, reforçando um compromisso inédito com o cuidado integral, a redução de danos e a reconstrução de trajetórias de pessoas afetadas pelo uso abusivo de entorpecentes. Cada complexo é composto por quatro casas, totalizando 52 unidades de acolhimento. Dois novos complexos serão inaugurados em breve.
A secretária de Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalém, destaca o caráter transformador da iniciativa. “A expansão das Casas Terapêuticas simboliza o compromisso do Governo de São Paulo com políticas que salvam vidas. Ampliar investimento e garantir tratamento digno é reconhecer que cada pessoa merece uma segunda chance, assistência integral e oportunidade de recomeçar”, afirma.
Desde a inauguração das primeiras unidades nesta gestão, as Casas Terapêuticas já acolheram aproximadamente mil pessoas, oferecendo tratamento humanizado, acompanhamento multiprofissional e apoio estruturado para retomada de vínculos familiares, autonomia e reinserção social.
*Adolfo, 40 anos, é um dos impactados pelo serviço. Por duas décadas, ele viveu nas Cenas Abertas de Uso. Acolhido há sete meses, ele recebe acompanhamento técnico especializado, participa de mentorias e recupera sua autonomia que antes parecia perdida.
Adolfo trabalha com carteira assinada em uma rede de supermercados e, após três meses de experiência, foi promovido. “Eu achava que não existiria outra chance de vida para mim. Em meio às drogas, não há horizonte, só dor e sofrimento. Eu apenas sobrevivia. Mas, o acolhimento nas Casas Terapêuticas me trouxe de volta à vida e resgatei a minha autoestima, o meu senso de capacidade, identidade e merecimento”, diz ele, emocionado. A história de Adolfo é uma entre milhares que mostram que investir em cuidado, acolhimento e oportunidade muda destinos.
Outro exemplo é o de *Daniel, que conta sua experiência com lágrimas nos olhos. Após sete anos vivendo em situação de rua, ele sofreu uma overdose e decidiu se internar por vontade própria. Foram três meses em um centro de desintoxicação, e agora ele vive a experiência da Casa Terapêutica. “Eu tinha uma vida estruturada, trabalhava numa empresa, tinha minha casa, minha família. Mas depois do divórcio, acabei caindo nas drogas. Aqui estou reconstruindo minha vida, retomando contato com a minha família e, depois de tanto tempo, vou poder passar o Natal com eles”, acrescenta.
Atualmente, a rede dispõe de 585 vagas simultâneas, distribuídas estrategicamente na capital, Guarulhos, Osasco e São José do Rio Preto, garantindo abrangência regional e respostas mais precisas às necessidades dos territórios.
Os acolhidos têm acesso à moradia temporária, cuidado contínuo, oficinas de capacitação, mentorias e acompanhamento sistemático das equipes técnicas. O modelo representa um avanço na forma como o Estado enfrenta o tema: com respeito, evidências científicas e investimento público consistente. As Casas Terapêuticas fazem parte de um conjunto integrado de ações da atual gestão, que vem reestruturando a Política Sobre Drogas com base em articulação intersetorial e ampliação territorial.
Para Eliana Borges, da Diretoria de Política sobre Drogas da SEDS, o trabalho é, antes de tudo, sobre possibilidades. “E são os próprios acolhidos que nos mostram novos caminhos. Cada troca nos ensina, nos faz ajustar rotas e construir um serviço que realmente faça sentido para eles”, completa.
Expansão contínua em 2026
Os investimentos seguem em ritmo acelerado. Até o primeiro semestre de 2026, estão previstas 19 novas unidades, consolidando São Paulo como referência nacional:
  • 10 novos Espaços Prevenir
  • 9 complexos de Casas Terapêuticas
O estado alcançará no próximo anos 23 Espaços Prevenir e 24 Casas Terapêuticas, sendo oito voltadas exclusivamente ao atendimento de mulheres e pessoas LGBTQIA+. As novas unidades serão implantadas em municípios estratégicos.
Os impactos das implantações são complexos de Casas Terapêuticas com capacidade anual para acolher 1.080 pessoas e Espaços Prevenir ampliando o atendimento para 2.000 pessoas.
O investimento é de R$ 2,3 milhões na implantação e R$ 27,4 milhões em custeio anual, incluindo a contratação de 213 novos profissionais entre psicólogos, assistentes sociais e pedagogos.
*Os nomes foram alterados para preservar suas identidades.
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