Ribeirão Pires participa de oficina técnica do Consórcio do Grande ABC para criação de corredor verde regional

Ribeirão Pires participou, nesta terça-feira (16), de oficina técnica realizada no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que integra o projeto regional de levantamento de áreas prioritárias para a criação de Unidades de Conservação (UCs) e implantação de um corredor verde intermunicipal. A iniciativa é coordenada pelo Grupo de Trabalho (GT) de Meio Ambiente do Consórcio e conta com financiamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).

Aprovado em agosto de 2024, o projeto recebeu investimento de R$778.281,24 e teve início dos estudos técnicos em outubro de 2025, com previsão de entrega do relatório final em setembro de 2026. Atualmente, os trabalhos encontram-se na Etapa 3 – Oficinas de Compartilhamento de Saberes, fase voltada à sensibilização e mobilização dos atores locais, além da coleta de contribuições técnicas e territoriais dos municípios envolvidos.

“A iniciativa representa um avanço na gestão ambiental integrada do Grande ABC, fortalecendo a cooperação entre os municípios e o planejamento regional. Ribeirão Pires, reconhecida por sua vocação ambiental, participa ativamente das discussões e contribuições técnicas, reforçando seu compromisso com a proteção dos mananciais, da biodiversidade e com o desenvolvimento sustentável”, explicou o secretário de Clima, Meio Ambiente e Habitação de Ribeirão Pires, Temístocles Cristofaro.

Durante a oficina, técnicos das prefeituras da região se reuniram para conhecer o detalhamento da metodologia adotada e contribuir com informações estratégicas que irão subsidiar os estudos ambientais. A empresa responsável apresentou as diretrizes do trabalho, que incluem dinâmicas participativas e a construção de uma matriz de análise (SWOT/FOFA), reunindo percepções sobre potencialidades, fragilidades, oportunidades e ameaças das áreas verdes regionais.

O projeto tem como objetivo interligar fragmentos de vegetação existentes na região do Grande ABC, formando uma rede contínua de áreas naturais capaz de favorecer o deslocamento da fauna, o fluxo genético entre populações de animais e a conservação da biodiversidade. Também está prevista a identificação de zonas de amortecimento, que contribuem para minimizar os impactos das atividades urbanas sobre os ecossistemas protegidos.

Nas próximas etapas, os dados levantados nas oficinas e nos diagnósticos técnicos irão subsidiar o mapeamento das áreas prioritárias, a aplicação de métodos de análise espacial e a elaboração de propostas para a criação de novas Unidades de Conservação e corredores ecológicos regionais.