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Demissão em massa anunciada por Marcelo Oliveira provoca revolta política e sindical

Atila Jacomussi classifica medida como desumana e critica falta de diálogo da gestão petista

Às vésperas do Natal, a Prefeitura de Mauá, sob a gestão do prefeito Marcelo Oliveira – PT, enfrenta forte reação política e sindical após o anúncio do possível desligamento de 543 servidores municipais, medida que, segundo o Sindserv Mauá, carece de legalidade e de qualquer formalização oficial.

Nesse contexto, o deputado estadual e ex-prefeito de Mauá, Atila Jacomussi – União Brasil, fez duras críticas à condução do processo pelo governo Marcelo Oliveira, classificando a decisão como inadequada e desumana. “Trata-se de um ato totalmente inadmissível e cruel, um desrespeito aos servidores estatutários e celetistas”, afirmou. Ainda assim, ele destacou que a gravidade da situação aumenta por ocorrer justamente em um período sensível para centenas de famílias.

De acordo com Jacomussi, o episódio teve início a partir de uma denúncia no Ministério Público envolvendo auditores comissionados que tiveram salários elevados de R$ 8 mil para R$ 20 mil, o que levou o órgão a ampliar as apurações. Contudo, o parlamentar ressaltou que o prefeito Marcelo Oliveira tinha conhecimento da situação há anos e, mesmo assim, não adotou qualquer planejamento para lidar com o problema. “Nem entro no mérito de ser legal ou ilegal, mas é inaceitável que isso tenha ocorrido sem diálogo e às vésperas do Natal”, disse.

Além disso, o deputado questionou o fato de servidores que estavam sob suspeita de irregularidades, inclusive em investigações relacionadas ao chamado apagão do IPTU, terem permanecido, enquanto outros trabalhadores acabaram atingidos pelo processo de desligamento. Do mesmo modo, ele criticou a ausência de alternativas como um plano de demissão voluntária, mesmo após alertas feitos ao atual prefeito ainda em 2021.

Paralelamente, a diretoria do Sindserv Mauá recebeu representantes da imprensa nesta segunda-feira (15) para tratar das demissões anunciadas pela administração municipal. Segundo o Departamento Jurídico do sindicato, não houve qualquer oficialização das demissões dos 543 servidores, tampouco resposta da Prefeitura de Mauá às notificações encaminhadas solicitando esclarecimentos sobre a decisão adotada. Conforme explicou o sindicato, não existe nenhuma determinação do Ministério Público exigindo demissões em massa. O que houve, segundo a entidade, foi apenas um pedido de esclarecimento diante de uma denúncia específica envolvendo auditores aposentados, o que, ainda assim, não justificaria o desligamento coletivo de servidores municipais.

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