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Transplante capilar entre mulheres cresce no Brasil

Procura cresce em ritmo acelerado e reforça importância de orientações seguras, avaliação médica e combate à desinformação sobre tratamentos capilares

A procura por transplante capilar entre mulheres tem crescido de forma consistente no Brasil e vem mudando o perfil das cirurgias realizadas no país. Segundo estimativas de médicos que atuam no setor, o número de mulheres que buscam esse tipo de procedimento aumentou significativamente nos últimos anos, impulsionado pela maior conscientização sobre queda capilar feminina e pelo avanço das técnicas cirúrgicas.

De acordo com dados compilados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Capilar (SBRCC), a procura feminina por tratamentos cirúrgicos relacionados à calvície registra um aumento anual constante. A entidade também acompanha levantamentos nacionais que indicam que cerca de 30% a 40% das mulheres brasileiras apresentam algum grau de afinamento capilar ao longo da vida, especialmente após os 40 anos. Pesquisas da área apontam que fatores hormonais, herança genética, estresse, pós-parto e oscilações nutricionais estão entre as causas mais comuns.

O médico cirurgião capilar Paulo Miorali, que faz parte da diretoria da SBRCC, explica que o comportamento das pacientes tem mudado. “As mulheres estão chegando mais cedo ao consultório, mais bem informadas e menos resistentes à ideia do transplante. A queda capilar feminina deixou de ser tratada como tabu”, afirma. Segundo ele, o aumento recente da demanda também está relacionado ao acesso ampliado à informação, que ajuda mulheres a identificarem sinais iniciais de rarefação dos fios e buscarem atendimento antes que o quadro avance.

A SBRCC reforça que, mesmo com o crescimento do interesse, cada caso deve ser analisado com cautela. A entidade destaca que muitos tipos de queda capilar têm caráter progressivo e exigem estabilização clínica antes de qualquer cirurgia. Estudos brasileiros mostram que tratamentos clínicos, quando combinados com acompanhamento contínuo, podem retardar a evolução da condição e melhorar os resultados pós-operatórios.

O avanço da procura feminina também chamou atenção para outro ponto: a necessidade de avaliação rigorosa antes de indicar a cirurgia. Paulo Miorali lembra que nem toda paciente com afinamento é automaticamente candidata ao transplante. “A cirurgia não é a primeira etapa do tratamento. Antes, é necessário entender a causa da queda, avaliar a saúde dos fios e do couro cabeludo e, principalmente, verificar se existe área doadora suficiente”, explica.

Com mais mulheres buscando soluções, a SBRCC reforça a importância de combater a desinformação e a oferta inadequada de procedimentos. A entidade alerta que o transplante capilar é uma cirurgia, que envolve riscos e exige técnica precisa — portanto, só pode ser realizada por médicos habilitados e capacitados nessa área. A recomendação é que pacientes conversem diretamente com o cirurgião que irá operar, confirmem sua formação e avaliem cuidadosamente as expectativas.

Com a queda capilar feminina ganhando mais visibilidade e deixando de ser um tema silencioso, o transplante surge como uma alternativa para quem não obteve resposta satisfatória aos tratamentos clínicos. Para a SBRCC, informação de qualidade, diagnóstico correto e orientação médica são fundamentais para garantir segurança e bons resultados em um cenário de demanda crescente.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Capilar:
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