Região do Serraria ganha parque e sede da GCM Ambiental

A Prefeitura inaugurou ontem, 4/12, o novo Parque Dr. Miguel Reale e a nova base ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) de Diadema, instalada dentro do mesmo espaço. Agora, a região de Serraria, além de contar com uma área verde estruturada, também está mais próxima de uma sede da GCM.

A sede da corporação estava instalada no bairro de Eldorado, junto ao Centro Cultural do Eldorado. Para completar as mudanças, visando a melhoria da segurança, a base sul da GCM será transferida para o Parque Ecológico do Eldorado, com entrega prevista para amanhã (06/12).

Com isso, a GCM Ambiental e o novo Parque Dr. Miguel Reale ficam na avenida Dona Ruyce Ferraz Alvim, nº 2246, no bairro do Serraria, em área de 25.263 m². Além de oferecer uma exuberante vegetação de mata atlântica, o local também é de interesse histórico, pois é o antigo sítio da família do conhecido jurista, falecido em 2006.

O novo parque, de caráter educativo e ambiental, é um investimento de cerca de R$ 5 milhões do Supermercado Atacadão, como compensação ambiental da obra de construção da unidade neste município. O acordo de Projeto de Intervenção Urbana (PIU), firmado em 2022, é o primeiro a ser concluído no país e resultou no parque público que agora foi inaugurado.

A cerimônia de entrega reuniu o prefeito de Diadema, Taka Yamauchi, o deputado federal Fernando Marangoni, o deputado estadual Jorge Caruso, vereadores, secretários municipais e outros convidados. O evento também contou com a presença da presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Valéria Oliveira, acompanhada de outros conselheiros.

Caseira da família Reale – Além das autoridades presentes, uma convidada muito especial chamou a atenção de todos, a dona Ester da Silva Fonseca, a caseira do sítio da família Reale, por muitas décadas. “Estou muito emocionada de estar presenciando isso tudo e recordando o tempo que morei nesta casa por quase 50 anos. A Prefeitura está de parabéns por cuidar tão bem desse patrimônio, tá tudo muito bonito e conservado”, disse dona Ester.

Para relembrar a história do Sítio Miguel Reale, o Centro de Memória de Diadema montou a exposição “Fragmentos de Uma História” com áudios, fotografias, objetos, recortes de jornais da época e outros documentos. Tudo isso, na Casa do Caseiro, a mesma na qual a Dona Ester viveu e criou seus filhos.
“É muito bom estar aqui, junto com parceiros que fazem a diferença aqui no município. Quando assumimos a Prefeitura o cenário era muito caótico, mas aos poucos colocamos a bola no chão e ordem nas coisas. Com apoio do Legislativo criamos a segurança jurídica para conseguir os avanços necessários”, disse o prefeito.

“Hoje, quando a gente está em um patrimônio histórico e comemorando os 66 anos de Diadema. A gente sabe que o valor da história da nossa cidade é fundamental. Quando a gente tem um parque como esse que foi e continuará a ser bem cuidado. Esse é o nosso compromisso e nosso agradecimento a todos que construíram esta cidade. Parabéns, à dona Ester e sua família, que simbolizam neste momento a história de nossa Diadema”, destacou o prefeito.

O empenho da Prefeitura nessa reta final de entrega do parque contou com a participação direta das secretarias municipais de Habitação e Desenvolvimento Urbano (SHDU), de Meio Ambiente e Serviços Urbanos (SMAS), de Obras, de Cultura e a de Segurança Cidadã.

Área de Interesse Ambiental – A densa vegetação do novo Parque Dr. Miguel Reale é um verdadeiro pulmão verde para a região do Serraria. O parque é cortado por um córrego, cujas margens são Áreas de Proteção Permanente, de acordo com a legislação ambiental. O espaço será utilizado prioritariamente para ações de educação ambiental monitorada, especialmente para estudantes. O funcionamento deve seguir o modelo do Jardim Botânico / Borboletário, cujas visitas são previamente agendadas.

Área de convivência, acessibilidade, trilhas e esculturas de animais silvestres – Para facilitar o acesso de pessoas com necessidades especiais, o novo Parque Dr. Miguel Reale disponibiliza um elevador que interliga a portaria e a área de convivência, que é um espaço para palestras, leituras, reuniões e outras atividades ao ar livre, com piso de madeira e um grande pergolado metálico.

A circulação pelo parque é realizada por duas trilhas com calçamento de piso intertravado, no qual o público interage com esculturas de animais silvestres: onça pintada, capivara, macaco, águia e borboleta.