Triste pódio: Brasil é vice-líder em golpes digitais
Ministério da Justiça e Febraban unem 23 instituições em plano de cinco anos para combater crimes financeiros online

O Brasil é o segundo país no mundo que mais sofre tentativas de golpes digitais, perdendo apenas para a China. Diante desse cenário alarmante, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou nesta quinta-feira (04) a criação da Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias Digitais, reunindo 23 instituições públicas e privadas.
A parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) prevê um acordo de 60 meses focado em cinco pilares: prevenção, repressão, integração de sistemas, capacitação de agentes e conscientização da população.
“Os números são alarmantes e mostram que o Brasil se tornou um terreno fértil para criminosos digitais”, afirma Daniel Parra Moreno, especialista em segurança da informação e diretor da DPARRA Tecnologia. “Os golpistas estão cada vez mais sofisticados, usando inteligência artificial, deepfakes e engenharia social avançada.”
O problema em números
O Brasil registrou cerca de 28 milhões de tentativas de golpes via Pix e viu um crescimento de 126% no uso de deepfakes para fraudes em 2025, liderando esse tipo de crime na América Latina.
Entre as medidas já implementadas está o portal “Sofri um golpe e agora?“, que oferece orientação completa para vítimas, com vídeos explicativos, glossário de termos técnicos e guias de procedimento.
Integração é fundamental
Daniel Parra Moreno destaca que a integração de sistemas prevista na aliança é crucial. “Hoje, bancos, polícias e operadoras trabalham de forma fragmentada. Com sistemas integrados, a resposta pode ser em minutos, bloqueando contas receptoras e rastreando criminosos em tempo real.”
O especialista também alerta para a importância da educação digital. “A maioria dos golpes explora a falta de conhecimento das pessoas. Criminosos usam senso de urgência, medo e promessas de ganhos rápidos. Educação digital deveria ser obrigatória nas escolas e empresas.”
A aliança prevê ainda protocolos de acolhimento para vítimas e capacitação de agentes públicos e privados. Para Daniel Parra, o desafio é de longo prazo: “Cinco anos é um bom começo, mas isso precisa se tornar política de Estado permanente. O Brasil está dando o primeiro passo.”
Para orientações sobre golpes digitais, acesse: https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/sofri-um-golpe-e-agora
Daniel comenta sobre: Brasil sofre 315 bilhões de tentativas de ciberataques em 2025. Confira aqui!
Daniel Parra Moreno
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