Escola é lugar de aprender, brincar e sonhar. E, em São Bernardo, também é um espaço de cuidado com a saúde bucal. Ao longo de 2025, a Divisão de Saúde Bucal da Secretaria de Saúde realizou avaliação odontológica em 63.624 crianças da educação infantil ao ensino fundamental. Desse total, 1.323 estudantes receberam o Tratamento Restaurador Atraumático (ART) diretamente em suas unidades escolares, resultando em 1.748 dentes obturados. A ação integra o Programa Saúde na Escola (PSE), que promove atualização da carteira vacinal, avaliação bucal e nutricional em toda a rede municipal.
A diretora da Seção de Saúde Bucal da Atenção Básica, Samira Balbo, explica que o ART consiste na remoção da dentina cariada seguida da restauração com cimento de ionômero de vidro (CIV), material indicado para esse tipo de intervenção. “É um tratamento totalmente indolor, sem o uso do motorzinho que costuma assustar as crianças. E, por ser realizado na escola, num ambiente que elas já conhecem, tudo contribui para que o momento seja tranquilo”, detalha.
SEM MEDO — Com apenas 6 anos, João Lucas, estudante do 1º ano da EMEB Anita Magrini, chegou apreensivo ao atendimento, que durou menos de 15 minutos. Aos poucos, a tensão deu lugar à tranquilidade. “Não doeu. Foi legal. Eu ainda tenho um pouco de medo, mas, se precisar, venho de novo”, contou. Henry, de 10 anos, aluno do 5º ano, também aprovou o atendimento. “Já tinha ido ao dentista e achei parecido com o da escola. Não fiquei com medo.”
A diretora da unidade, Fernanda Abud, destaca a relevância da parceria entre as Secretarias de Educação e Saúde para o fortalecimento do PSE. “Muitas vezes identificamos questões de saúde nas crianças e, por diversos motivos, as famílias não conseguem levá-las a uma consulta. Ter as equipes aqui dentro é muito positivo”, afirmou, elogiando ainda o trabalho conjunto com a equipe da UBS Baeta Neves.
O secretário de Saúde, Dr. Jean Gorinchteyn, reforça que o Programa Saúde na Escola é uma estratégia consolidada e fundamental no acompanhamento da saúde dos estudantes. “Realizar o atendimento na escola previne o agravamento das lesões de cárie, evita intervenções mais invasivas e naturaliza o hábito de consultar o dentista. São benefícios que revertem em qualidade de vida para toda a população”, destacou.
